Cerest fiscaliza mais de 200 empresas para combater o amianto

Cerest fiscaliza mais de 200 empresas para combater o amianto

Entre os dias 2 e 13 de abril, o Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) fiscalizou 254 estabelecimentos comerciais de Jundiaí, para suspender a venda de produtos que contenham amianto – mineral nocivo à saúde e que foi banido de forma definitiva no Brasil, no ano passado. Do total de estabelecimentos fiscalizados, três continham produtos com amianto.

A decisão pelo banimento foi do Supremo Tribunal Federal (STF), que declarou constitucionais as leis estaduais que proíbem a comercialização do amianto, dentre elas a paulista nº 12.684, de 2007.

Conforme explicou a diretora de Vigilância em Saúde, Fauzia Abou Abbas Raiza, a ação é coordenada pelo Grupo de Vigilância em Saúde de Campinas (GVS), que delega aos municípios de sua abrangência a execução da tarefa.

“Funcionalmente, estamos ligados ao GVS de Campinas, que estruturou a ação de modo que todos os municípios de sua abrangência executassem a operação no mesmo período. Assim, com êxito, cumprimos o cronograma proposto, atingindo a meta de 100%”, disse a diretora.

O saldo da ação foi a suspensão da venda de 732 telhas e 16 cumieiras contendo o mineral. “Além da ação direta, foram realizadas orientações aos comerciantes quanto ao banimento declarado pela Justiça”, disse Jesus dos Santos, gerente do Cerest Jundiaí.

“Propusemos ao GVS, como ações futuras, a fiscalização em empresas metalúrgicas, siderúrgicas, cerâmicas, dentre outras, para que não mais forneçam aos seus empregados os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) que contenham amianto. As lojas de comércio desses EPI’s também deverão ser fiscalizadas”, finalizou.

Perigo

De acordo com dados do Ministério da Saúde, cerca de 2 mil pessoas morreram, na primeira década deste século, vítimas de doenças provocadas pela exposição ao amianto, tais como a asbestose e o câncer de pulmão.

Ainda de acordo com o gerente do Cerest, essa exposição se dá em minas e em obras, principalmente as de demolição e, por isso, a população em geral, de certo modo, pode ficar tranquila quanto ao perigo.

“Quem mora em casas com telhado de amianto e utiliza água de caixas fabricadas com o mesmo material não precisa se preocupar. O amianto somente provoca doenças quando atinge a pessoa pelas vias respiratórias e isso ocorre, em geral, mas próprias minas e obras de demolição da construção civil”, concluiu Santos, acrescentando que outros esclarecimentos podem ser obtidos no Cerest, telefone 4521-8666 ou na Rua Anchieta, 88, Centro.

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