'Desafios diários' acompanham as mulheres motoristas de ambulâncias em Jundiaí
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Jundiaí

‘Desafios diários’ acompanham as mulheres motoristas de ambulâncias em Jundiaí

Neste dia da mulher, vamos conhecer um pouco mais das histórias vivenciadas por duas profissionais que atuam no SAEC.

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Mulheres dirigindo ambulâncias em Jundiaí

“Quando eu entrei na sala para fazer a o teste escrito, tinham cinco homens, eles olharam para mim e disseram: moça, você está na sala errada. Eu perguntei: não é aqui o processo para condutor de ambulância? Eles confirmaram. Então eu disse: estou no lugar certo!” relata Virgínia Pines, 38 anos, que há um ano trabalha como motorista de ambulância no Serviço de Atendimento a Pacientes Especiais Crônicos (SAEC), sobre o primeiro desafio enfrentado no processo seletivo. Hoje, ela trabalha ao lado de outros 17 condutores, sendo 16 deles homens.

Assim como profissões como piloto de avião, pedreiro, bombeiro, motorista de ônibus e mecânico, a área escolhida por Virgínia é predominantemente ocupada por homens. O fato de ver uma mulher nessas funções, causa uma certa surpresa e curiosidade. Neste dia da mulher, vamos conhecer um pouco mais das histórias vivenciadas por duas profissionais que atuam no SAEC.

A rotina começa com o check list da ambulância, que inclui revisão dos pneus, verificação de nível de óleo, lataria, motor e limpeza. A jornada é de 12 horas, dedicadas a transportar pacientes acamados para a realização de exames, hemodiálise, sessões de fisioterapia e outros tratamentos. No trânsito, o cuidado para garantir o conforto dos pacientes, evitando buracos, passando lentamente em lombadas e desviando com prudência de outros veículos.

Os desafios diários não param por aí. Envolvem ainda a comprovação de que são sim capazes. “Levei uma paciente acamada e seu filho para casa. Eu estava sozinha com ambos. Ao chegar na casa outro filho da paciente foi logo questionando: você está sozinha e é mulher? Eu respondi sim. Então ele ordenou: pode chamar outra ambulância, você vai derrubar minha mãe. Com calma eu respondi que o acompanhante poderia me auxiliar. Ele se opôs a ajudar. Pouco depois, já com a mãe dele dentro de casa, me pediu desculpas e disse: eu achei que você não fosse capaz”, relembra Virgínia.

“Eu estou aqui para fazer o meu melhor e cada vez que alguém diz que eu não consigo, eu vou lá e provo o contrário. Estar aqui como motorista de ambulância sempre foi meu sonho e só minha mãe que já é falecida sabe o quanto eu estou feliz por esta conquista, rezei muito para que ela me ajudasse a chegar até aqui e não vou desistir por nada”, relata.

Outra profissional que vivencia as mesmas situações é Silvia Torturello, 50 anos, que conduz ambulâncias no SAEC há 12 anos. Mesmo sabendo dos desafios impostos pelo estigma de ser o “sexo frágil”, ela mirou no seu sonho de infância. “Desde menina eu sempre gostei de dirigir, aprendi com 12 anos. Minha paixão sempre foram os veículos grandes, por isso já dirigi van escolar, ônibus e quando cheguei aqui para dirigir ambulância me apaixonei. É aqui que eu quero estar até me aposentar”, conta.

Segundo Silvia, dentro do local de trabalho tanto ela quanto Virgínia têm o apoio dos colegas e incentivo do chefe. “Somos tratadas com muito carinho e respeito, de igual para igual. E o João – se refere ao João Fioroti, coordenador do SAEC – sempre nos deu muito respaldo. Mas nas ruas nem sempre é assim. Quando a gente chega, eles – os pacientes e acompanhantes – esperam que o motorista seja um homem e não uma mulher, acham que somos técnicas de enfermagem, mas nós fazemos o mesmo trabalho que os homens e ao contrário do que muitas pessoas pensam, nem sempre pra carregar um paciente a força é o mais importante, mas sim a técnica”, define.

Silvia tem um casal de filhos já adultos, com 30 e 34 anos. Ambos se preocupam com a mãe e dão sempre um jeitinho de saber se está tudo bem, pois sabem que a rotina não requer somente habilidade para dirigir, mas também jogo de cintura diante de casos de machismo e falta de respeito. “Eles me ligam, mandam mensagens e estão sempre em contato. Sinto que eles têm muito orgulho de mim, principalmente minha filha que enche a boca para falar que eu sou motorista de ambulância”, conta com um sorriso.

Apesar dos desafios, tanto Virgínia quanto Sílvia, levam com bom-humor as situações relatadas, afinal, para elas, a direção é uma terapia. “Quando eu estou dirigindo, tiro totalmente meu estresse”, diz Silvia. Ambas definem a profissão de um jeito simples. “Motoristas de ambulância sim! Com muita honra!“.

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