Luzenite dos Santos, mais conhecida como Nete, é mãe das gêmeas Beatriz e Sophia, ambas de 13 anos, e acompanha as filhas duas vezes por semana nas aulas de ginástica rítmica no CECE Aramis Polli, na Vila Hortolândia, em Jundiaí.

Dentro dessa rotina de treinos e competições, a mãe das gêmeas se sentiu inspirada e, aos 53 anos, decidiu também praticar a modalidade.

“Eu acompanho as meninas toda quarta e sexta-feira de manhã nos treinos. Fico junto nos treinamentos, levo elas nas competições. Em uma dessas competições, em Piracicaba, eu descobri a categoria master, para quem tem mais de 30 anos. Eu vi algumas mães participarem e eu achei muito interessante”, conta ao Tribuna de Jundiaí.

Foi então que ela descobriu sobre outra competição, que ocorreu neste sábado (11), em Campinas, onde adultos também competiram. Conversou com a treinadora das suas filhas, Elisângela Santos, e decidiu que também iria treinar e competir.

“Eu disse que ia tentar. Antes perguntei para minhas filhas se elas se importavam, elas disseram que não, que seria legal. A Sophia é bem rigorosa, está me treinando bastante e ambas me dão todo o apoio”, diz a mãe.

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Faz um mês que ela começou o treinamento e é a primeira vez que ela pratica ginástica rítmica. Antes, fazia ginástica corporal e zumba. Mas, por conta da uma artrose na coluna, precisa sempre ir com muita calma.

“Preciso adaptar os movimentos. Mas, o legal da categoria master é que você pode adaptar de acordo com a sua capacidade. Nessa competição não vale nota, é uma avaliação diferente. É mais para a gente se apresentar, mostrar que estamos tentando”, continua Nete.

Na competição, concorreram cinco pessoas com ela. Nete era a mais velha no campeonato, também disputado por suas filhas, mas em outra categoria.

Além dos treinos, Nete ainda costurou os brilhos e pedrarias dos colãs, tanto dela quanto das filhas.

Mãezona

E Nete é uma mãezona daquelas: além de acompanhar as filhas duas vezes por semana na ginástica e participar junto, ela ainda leva as gêmeas na escola todos os dias e fica por lá, até o horário da saída, já que é voluntária da Associação de Pais e Mestres (APM).

Para Sophia, é uma inspiração e tanto ver sua mãe tão presente e ainda por cima se aventurando na modalidade.

“Eu nunca tinha visto uma mãe competir, só lá em Piracicaba. Quando ela me disse que ia dançar eu fiquei ‘uau!’.  Eu achei bem legal, ainda mais porque ela pode incentivar outras mães e passar isso em diante”, diz a filha.

Ela ainda acha muito importante ter a mãe junto nas aulas. “É legal porque ela ajuda as outras meninas quando as mães não podem estar no momento. Ela é como uma segunda mãe para todas lá no treino”, continua Sophia.

Questionada sobre que mensagem gostaria de mandar para sua mãe neste Dia das Mães, Sophia diz firme: “Continue assim, persistindo em tudo, porque você inspira não só a mim, mas a muitas pessoas”, finaliza a jovem ginasta.

Confira o vídeo dessa história: