Exportar produtos para um mercado que abrange quase 2 bilhões de pessoas em todo o mundo passou a ser realidade para os empreendedores de Jundiaí. Desde que o mercado Halal (que se refere a produtos e serviços permitidos pela lei islâmica) foi apresentado no município pela Unidade de Gestão de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia (UGDECT), os empresários passaram a demonstrar muito interesse e desejo em aproveitar a oportunidade. Alguns, até, já têm a certificação exigida e agora querem ampliar as vendas.

“É importante essa conexão entre empresários e instituições que têm o propósito de fomentar a exportação. Isso valoriza o comércio local, gera oportunidades e projeta nosso município para o exterior. Nosso trabalho enquanto poder público é de auxiliar cada vez mais no desenvolvimento econômico e social do município. Cidade boa é aquela que tem emprego e oportunidade para as pessoas”, destacou o prefeito Luiz Fernando Machado.

Milene Vieira da Silva, coordenadora de Comércio Exterior da Castelo Alimentos, demonstrou interesse em explorar linhas de produtos que poderiam obter a certificação halal, visando atender essa demanda. “A Castelo é amplamente reconhecida no Brasil pela variedade de vinagres e molhos, abrangendo mais de 80 tipos de produtos. Como uma empresa exportadora, retomamos as vendas para os países muçulmanos ano passado, fornecendo produtos como pimenta biquinho, palmito e patê de pimenta para Dubai”, ressaltou, durante evento recente no Ciesp Jundiaí – organizado pela UGDECT e com parceria da Câmara de Comércio Árabe e Apex Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos).

A indústria De Marchi é uma das que obteve a certificação halal. Manuel Hing, representante da empresa no evento, participou para se atualizar sobre as oportunidades no mercado halal. De acordo com ele, a De Marchi se dedica à produção de frutas, legumes e polpas de frutas congeladas, além de açaí, com exportações para 15 países. A empresa já possui a certificação halal e está em negociações para expandir as vendas aos países de maioria muçulmana.

Referência

De acordo com Elaine Franco de Carvalho, docente na Halal Academy, o Brasil já se tornou referência para os países muçulmanos em alguns produtos. “O Halal é a certificação religiosa Islâmica para produtos que podem ser consumidos por muçulmanos, como alimentos, bebidas, vestes e cosméticos, entre outros. O Brasil é referência em exportação de carne Halal, contando com mão de obra especializada em frigoríficos”.

Os números alcançados pelo município em exportações mostram que as ações tomadas pela Prefeitura deram resultado, por meio do programa Exporta + Jundiaí. “Em 2021 superamos a marca de R$ 1,2 bilhão em exportações. No ano passado, foi ainda melhor: alcançamos R$ 1,5 bilhão. Isso mostra que o programa é importante no incentivo das empresas. E através do Exporta + Jundiaí conseguimos dar todo esse apoio necessário, gratuitamente, para fomentar as exportações”, ressaltou Cristiano Lopes, gestor de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia.

A ideia, agora, é potencializar o que a economia de Jundiaí pode exportar para este tipo de consumidor estrangeiro. “O mercado halal em Jundiaí apresenta um potencial promissor para empreendedores. Ao compreender as necessidades dos consumidores muçulmanos e adaptar produtos e serviços para atender a esses requisitos, é possível explorar um mercado em crescimento e se destacar na oferta de opções halal de qualidade. É por isso que criamos o Balcão Exporta + Jundiaí no Espaço Jundiaí Empreendedora e estamos investindo em conhecimento para os nossos empreendedores”, explicou José Antonio Parimoschi, gestor de Governo e Finanças.

Para mais informações, basta acessar o portal Jundiaí Empreendedora, na aba Jundiaí Internacional, por este link.