De Jundiaí, Marcel Kato é o brasileiro recordista de escaladas no Monte Fuji; conheça sua história
Com planos de continuar guiando pessoas e explorando ainda mais a região, Marcel vive sua paixão com a mesma determinação que o levou ao topo do Monte Fuji pela primeira vez.
Marcel Kato, de 37 anos, é o brasileiro que mais vezes escalou o Monte Fuji, no Japão. E Marcel é de Jundiaí. Natural do bairro Vianelo, ele transformou o famoso monte em parte essencial de sua história. Guia de turismo e fotógrafo, Marcel não apenas escalou a montanha icônica japonesa inúmeras vezes, mas também fez dela um símbolo de conexão pessoal e cultural.
De Jundiaí ao Japão
Filho dos comerciantes João e Lilian Kato, Marcel cresceu em Jundiaí. “Tive uma infância muito saudável em Jundiaí, talvez uma das últimas gerações que pode aproveitar as brincadeiras de rua, gostava muito de aproveitar meu tempo livre com os família e amigos. Hoje esses são os principais motivos que fazem sentir tanta saudade de Jundiaí”, relembra.
A ligação com o Japão começou cedo. Enquanto seu pai morava sozinho no país entre 1991 e 1993, Marcel e sua família recebiam cartões-postais, muitos deles com imagens do Monte Fuji. Em 2003, seus pais decidiram se mudar para o país oriental, e Marcel ficou “para trás” para terminar os estudos. Ao encerrar o ciclo de seu ensino médio, ele seguiu os passos da família e decidiu embarcar para o Japão, movido pela curiosidade de explorar as origens de seus antepassados.
Foto: Arquivo Pessoal
A primeira escalada no Monte Fuji
“Quando eu resolvi me mudar para o Japão, a primeira meta era de apenas contemplar a beleza única do Monte Fuji, lembro como se fosse hoje, eu e minha família na cidade de Fuji. Fomos até lá a passeio de trem e pudemos realizar esse sonho”, conta o jundiaiense.
Alguns anos após sua chegada ao Japão, Marcel realizou o que parecia ser um sonho distante: escalar o Monte Fuji. “Foi a primeira montanha que eu escalei no Japão. Apesar de ser a montanha mais alta do país, escalar o Monte Fuji não exige técnica por ser um local turístico na sua temporada oficial. Mas foi bem desafiador no ponto de não ter experiência para tal atividade”, explica.
Foto: Arquivo Pessoal
Marcel estava com três amigos e todos inexperientes. Ele conta que o grupo levou comida demais e roupas de menos. “Mesmo no auge do verão japonês, a temperatura no topo do Fuji pode chegar a negativar, é uma diferença muito grande em relação ao clima do nível do mar.” Para ele, o maior desafio foi lidar com a inexperiência, mas a realização de um sonho e a resiliência de continuar passo a passo rumo ao topo foram a motivação de finalizar a missão.
Mesmo diante dos desafios, a experiência foi transformadora. “Lembro bem do momento que eu cheguei no topo do Fuji, sentei-me em uma pedra e pude dali contemplar um nascer do sol indescritível. O sentimento que eu tive naquele dia foi de ‘todo ano eu quero viver isso’ e assim foi. A primeira vez foi em 2008 e de lá pra cá eu escalei o Fuji todos os anos, só deixei de escalar nos anos da pandemia por terem fechado.”
Foto: Arquivo Pessoal
De aventureiro a guia de turismo
Ao longo dos anos, Marcel foi se aperfeiçoando. Apaixonado por fotografia, ele começou a registrar cada escalada e a compartilhar as imagens nas redes sociais. O impacto foi tão grande que amigos e conhecidos passaram a procurá-lo para orientação em suas próprias aventuras.
Foto: Arquivo PessoalFoto: Arquivo Pessoal
Essa conexão com o Fuji levou Marcel a se tornar guia de turismo. “Com o tempo as pessoas começaram a me procurar para não só ajudar na parte de guiar e sim de viverem uma boa experiência e ainda assim voltarem com fotografias incríveis do passeio”, explica Marcel. “Além da escalada, a fotografia me motivou a explorar muito a região ao redor do Monte Fuji, essa curiosidade me fez conhecer pontos incríveis e pouco explorados. Foi então que eu iniciei os trabalhos como guia no Monte Fuji, tanto na escalada como em passeios ao redor dele.”
Momentos inesquecíveis no topo do Japão
Foto: Arquivo Pessoal
Quando questionado sobre os momentos mais marcantes, Marcel hesita. “Difícil escolher apenas um momento marcante, toda escalada pra mim é muito especial. Já presenciei pedidos de casamento, pessoas que tiveram conexões muito forte com familiares que já se foram, cliente que guardou as cinzas do cachorro por mais de 17 anos com a intenção de deixar no topo do Fuji”, conta.
No entanto, dois episódios têm um lugar especial em seu coração: as vezes em que escalou com sua mãe e, anos depois, com seu filho. “Foram [momentos] muito especiais pra mim.”
Com planos de continuar guiando pessoas e explorando ainda mais a região, Marcel segue vivendo sua paixão com a mesma determinação que o levou ao topo pela primeira vez.
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