Professora usa o rap em projeto com alunos do EJA de Jundiaí e vai à final em concurso nacional de arte
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Jundiaí

Professora usa o rap em projeto com alunos do EJA de Jundiaí e vai à final em concurso nacional de arte

Com influência do rap dos Racionais MC’s, Emicida e Criolo, além dos elementos do hip hop, o projeto da professora Djenane Vieira com alunos do ensino médio de EJA está final do 21º Prêmio Arte na Escola Cidadã

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Djenane Vieira é professora e utiliza o rap em projeto com alunos do EJA. (Foto: Divulgação)
Djenane Vieira é professora e mestre em música. (Foto; Divulgação)

Utilizando a narrativa das músicas de rap dos Racionais MC’s, Emicida e Criolo, além dos elementos do hip hop, o projeto da professora Djenane Vieira com alunos do ensino médio de EJA (Educação de Jovens e Adultos), do Centro Municipal de Educação de Jovens e Adultos Prof. Dr. André Franco Montoro, foi selecionado para a final do 21º Prêmio Arte na Escola Cidadã, promovido pelo Instituto Arte na Escola.

O projeto chamado “Hip Hop na Escola: RAPensando a sociedade” – realizado entre os meses de julho e setembro de 2019 – está entre um dos 20 professores selecionados das cinco regiões do Brasil. Os trabalhos finalistas concorreram com cerca de 1400 professores do todo o Brasil. O resultado sai em novembro. 

Equipe do projeto RAPensando a sociedade. (Foto: Divulgação)

Apresentação do projeto. (Foto: Divulgação)

Quinto elemento

O trabalho da professora do EJA, foi além da arte. Ao envolver o rap e o hip hop, os alunos tiveram momentos de reflexão, debates e, claro, muita produção. O conhecimento foi trabalhado com a biblioteca pessoal de pesquisa da professora que concluiu mestrado em música. 

“A ideia era promover uma fazer artístico com muita criticidade e reflexão sobre o rap, que até então era uma música tocada apenas fora do âmbito escolar, no nosso contexto, pelo menos”, explica.

Djenane lembra que quase todos os alunos tiveram algum contato com o rap, porém alguns não gostavam desse ritmo musical. A marginalização do gênero pesou no começo, porém a afirmação da negritude, a denúncia, o protesto que fazem parte das narrativas do rap, conquistaram a classe.

“Por fim, os alunos saíram desse projeto refletindo significativamente sobre a nossa sociedade, que é extremamente racista e excludente, mas também pensando sobre a contribuição de cada um na luta antirracista”, afirma.

Influências

Oficina de discotecagem com Deejay Boby e alunos. (Foto: Divulgação)

Oficina de discotecagem com Deejay Boby e alunos. (Foto: Divulgação)

Em aproximadamente três meses, foram desenvolvidas atividades dentro de nove etapas previstas e a vivência que envolve os elementos do hip hop contou com a participação de artistas de Jundiaí, como o rapper Alexandre RE e o grafiteiro do coletivo The Kings, Junior Trezzy, além do arte-educador e dj de Diadema, Deejay Boby. 

A apresentação final aconteceu no auditório da escola e contou com a participação ilustre do DJ Dandan, que acompanha há mais de 20 anos o rapper Criolo, além de ter uma história com a arte-educação. A professora também destaca os músicos Ricardo Louveira (baterista) e Cahê Boldrini (baixista).

“Nessa apresentação os alunos apresentaram duas músicas compostas por eles. A base rítmica que usamos como inspiração e modelo inicial  foi a da música “Fórmula Mágica da Paz” dos Racionais”, conta.

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