O incêndio na Serra do Mursa que devastou Várzea Paulista, nos últimos dias, destruiu uma área de aproximadamente 2.270.000 m² de vegetação, representando 26% da área total da serra. As investigações iniciais sugerem que a causa do incêndio pode ter sido criminosa, e a prefeitura já planeja ações de reflorestamento para minimizar os danos ambientais.
Para se ter uma ideia da extensão do desastre, a área atingida equivale a 302,60 campos de futebol. Esse incêndio foi cinco vezes maior que o ocorrido em 2020, que destruiu 440.000 m², ou 18% da área total da Serra do Mursa. A comparação destaca o aumento da gravidade do fenômeno, que se agravou por fatores climáticos.
Condições climáticas agravam incêndio na Serra do Mursa
Além do aumento significativo da área destruída, as condições climáticas em 2024 favoreceram a propagação do incêndio. O volume de chuvas entre março e setembro deste ano foi muito inferior ao registrado em 2020, com apenas 204,68 mm de precipitação, em comparação aos 364,92 mm do mesmo período em 2020. Além disso, a temperatura média de 2024 foi de 31,57°C, um aumento de 8°C em relação à média de 23,57°C registrada no ano anterior. Essa combinação de temperaturas mais altas e umidade baixa criou um ambiente perfeito para a rápida propagação das chamas na região.
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Ação criminosa é investigada
De acordo com Cristiano Vargas, coordenador da Defesa Civil de Várzea Paulista, as investigações indicam que o incêndio na Serra do Mursa pode ter sido causado de forma intencional. “As primeiras investigações apontam para uma ação criminosa, configurando uma ação dolosa”, declarou Vargas. As autoridades seguem investigando a possível origem criminosa do incêndio, que trouxe danos imensos para a biodiversidade da área.
Esforços para o combate ao incêndio e a recuperação da área
As equipes de bombeiros, Defesa Civil, voluntários e a Unidade Gestora de Meio Ambiente atuaram de maneira incansável para controlar o fogo. Após o término da operação de combate ao incêndio, a Prefeitura de Várzea Paulista, por meio da Unidade Gestora de Meio Ambiente, se comprometeu a realizar o reflorestamento da área devastada, com o plantio de cerca de duas mil mudas. Além disso, será implementado um monitoramento contínuo da região para evitar novos focos de incêndio.
A administração municipal também reforça a importância da conscientização da população sobre os riscos das queimadas e a necessidade de colaboração em ações de preservação ambiental. “É essencial que a população se conscientize sobre os riscos das queimadas, especialmente em períodos de estiagem prolongada e altas temperaturas como os que vêm sendo registrados”, ressaltou um representante da prefeitura.
