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Economia

Café Amargo: preço disparou 77% em um ano e torra o bolso do brasileiro

Alta foi impulsionada pela quebra de safra no Vietnã, problemas climáticos no Brasil e aumento global do consumo; preço pode cair só em 2026.

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Café sendo posto na xícara
Foto: Canva

O café, uma das bebidas mais tradicionais no Brasil, está pesando no bolso dos consumidores. Segundo o IBGE, o preço do café moído subiu 77,78% nos últimos 12 meses até março de 2025, puxado por uma série de fatores climáticos, logísticos e de mercado. Somente em março, o valor subiu 8% em relação a fevereiro. No acumulado do ano, o aumento já é de 30%.

A escalada dos preços, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), era prevista desde fevereiro, quando a entidade alertou que os custos da matéria-prima ainda não tinham sido totalmente repassados pela indústria.

Clima extremo afeta produção no Brasil e no Vietnã

O aumento foi impulsionado, principalmente, pelo aumento do preço internacional do grão. A safra do Vietnã — segundo maior produtor mundial de café — foi gravemente afetada por problemas climáticos, reduzindo a oferta global. No Brasil, maior produtor mundial, a situação também é crítica.

De acordo com o IBGE, a safra brasileira de 2025 deve ser 5,8% menor do que a do ano anterior, com estimativa de 53,8 milhões de sacas. O café arábica, principal variedade cultivada no país, deve registrar queda de 10,6% na produção.

“Para a safra de 2025, aguarda-se uma bienalidade negativa, ou seja, um declínio natural da produção em função das características fisiológicas da espécie”, explicou o IBGE.

Além disso, as plantações enfrentaram calor intenso e seca prolongada em estados como Minas Gerais e São Paulo, dificultando o desenvolvimento dos frutos.

Trator passando em plantação
Foto: Canva

Três fatores principais que encarecem o café

1. Calor e seca

Nos últimos anos, o clima extremo afetou o ciclo da produção. Em 2024, os pés de café passaram por estresse hídrico, perdendo folhas e abortando frutos. Mesmo em áreas irrigadas, a produtividade foi prejudicada.

2. Custo logístico elevado

As tensões no Oriente Médio, especialmente no Canal de Suez, encareceram o transporte internacional. Contêineres ficaram mais caros e rotas alternativas aumentaram em até 20 dias os trajetos. No Brasil, os portos com infraestrutura limitada também contribuem para atrasos e elevação dos custos.

3. Aumento da demanda global

Mesmo com o aumento dos preços, o consumo de café segue em crescimento. Entre janeiro e outubro de 2024, o consumo no Brasil subiu 1,1%. A China, por exemplo, passou de 20ª para a 6ª posição entre os maiores importadores do café brasileiro.

Vietnã em crise abre espaço para exportação brasileira

Com o Vietnã enfrentando dificuldades na produção do robusta, o Brasil passou a exportar esse tipo de grão em maior volume. O robusta, geralmente misturado ao arábica na produção de café moído, teve um aumento de preço tão expressivo que, em setembro, superou o valor do arábica pela primeira vez em sete anos.

No Brasil, o robusta representa apenas cerca de 20% da área plantada, tradicionalmente destinado ao consumo interno. Agora, com a nova demanda, esse cenário está mudando.

Xícara caída com grãos de café
Foto: Canva

Café pode continuar caro em 2025

A expectativa é de que o preço do café continue elevado ao longo do ano. De acordo com especialistas da Abic, só será possível ter uma visão mais clara de possíveis quedas de preço após setembro, quando termina a colheita da atual safra.

A esperança para o consumidor está na previsão de uma possível safra recorde em 2026, caso o clima se mantenha estável. O bom desempenho financeiro do setor também pode estimular investimentos na produção. Em 2024, o café brasileiro faturou R$ 36,82 bilhões, um crescimento de 60,85% em relação ao ano anterior.

Além disso, algumas indústrias estudam estratégias como a adoção de novas embalagens com pesos variados para tentar oferecer opções mais acessíveis ao consumidor.

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