A ONG Cursinho Professor Chico Poço existe desde 2007, proporcionando democratização do ensino de qualidade, preparando jovens jundiaienses para vestibulares de Ensino Superior. No entanto, desde 2019, a instituição já enfrentou – pelo menos – quatro invasões.
Foram dois ataques, em 2019 e em 2020. Depois de tantas perdas em apenas dois anos, a organização planejou a mudança do endereço da sede, mas antes disso, mais dois roubos aconteceram no prédio das aulas.
Série de invasões
Inicialmente, o Cursinho Chico Poço ficava no Lar Anália Franco. Em 2016, a ONG mudou para uma sede própria, em um contrato de concessão com a Prefeitura, na rua Irias Fausto, na Vila Mafalda, em Jundiaí.
Em todas as invasões, em 2019, 2020 e agora em 2021, os criminosos levaram fios, materiais e equipamentos utilizados durante as aulas. Além disso, a estrutura do prédio foi, por muitas vezes, destruído, com forros derrubados e móveis jogados.
“Mais ou menos em setembro de 2019, estávamos com aulas presenciais, antes da pandemia, e entraram no prédio, arrombaram as portas das nossas duas salas e levaram principalmente equipamentos eletrônicos que nós usávamos nas aulas. Levaram micro-ondas que os alunos usavam para esquentar a comida, dois projetores, alguns notebooks e outros aparelhos eletrônicos, como impressora”, explica o presidente do Cursinho, Mateus Moriconi Prebianca.
Depois deste primeiro roubo, a ONG iniciou uma campanha nas redes sociais e a comunidade foi de grande ajuda a partir de doações de novos materiais para que os alunos do Chico Poço não ficassem sem aulas. A partir da campanha, também conseguiram reformar o local, que havia sido destruído, investindo em segurança como alarme e arame farpado no muro do local. Mas isso não foi o suficiente.
A pandemia não evitou
Em 2020, com o prédio reformado e pronto para receber os alunos novamente, a pandemia começou e as aulas foram – como estão até hoje – para o ambiente digital. Mesmo sem aulas, mais uma vez o Chico Poço foi alvo de vândalos e ladrões, que invadiram o local e reproduziram o primeiro ataque.
De acordo com Moriconi, os invasores conseguiram entrar no prédio pelo telhado, e a destruição foi de cortar o coração. O presidente descreve:
“Depredaram o prédio, derrubaram e reviraram carteiras, derrubaram armários, quebraram telhas e o forro. Roubaram várias coisas mesmo, destruíram o prédio, levaram fiação, equipamentos que tínhamos conseguido de algumas doações”, conta.
Um novo começo
Depois dessas ocasiões e a chegada do fim do contrato com a Prefeitura, o Cursinho Chico Poço decidiu que era hora de mudar de lugar, um novo começo. Mas, antes da mudança, o prédio atual foi invadido e destruído duas vezes seguidas nos últimos meses.
Desta vez, além de destruírem as salas de aula, os criminosos ainda levaram mesas e armários com eles.
Foto: Arquivo Pessoal/Mateus Moriconi
“A decisão de mudar o Chico Poço de lugar já estava sendo pensada depois dos primeiros roubos. Depois do roubo de 2020 o prédio ficou muito depredado, ficou sem condições de uso. Assim não nos sentíamos mais seguros e nem à vontade ali”, conta Moriconi. De acordo com o presidente, durante todo o ano de 2021 a organização pesquisou possíveis lugares para o espaço.
Agora, no final do ano, conseguiram uma parceria com a Escola Luiz Rosa, no Centro de Jundiaí, para se reerguerem com a volta das aulas presenciais em 2022.
O Cursinho Chico Poço é uma entidade que há muitos anos colabora com o desenvolvimento do jovem de Jundiaí. Agora, como nas outras tristes ocasiões, precisarão da ajuda da comunidade para iniciar um novo capítulo.
A mudança da Vila Mafalda para a Escola Luiz Rosa acontece aos poucos, e graças à parceria, o Cursinho utilizará a estrutura da instituição de ensino. No entanto, com o fim do contrato de uso do prédio anterior, a instituição não-governamental precisará de ajuda para reformar o prédio destruído, para devolvê-lo à Prefeitura. Qualquer munícipe que queira ajudar o Cursinho Chico Poço pode fazer a doação via PIX na chave: 08984683000170 (CNPJ).
Adote um Aluno
Além disso, o Chico Poço também tem um programa, chamado Adote um Aluno pela ONG. “Nossos alunos têm uma condição social e financeira familiar bastante precária. Assim, a contribuição mensal de R$ 35 muitas vezes se transforma em um motivo para que os estudantes desistam do cursinho ao longo do ano. O ideal é que os alunos possam se dedicar à preparação para o vestibular sem essa preocupação ameaçando seus estudos.”
Ainda de acordo com o presidente da ONG, no início do ano a instituição tinha cerca de 120 alunos matriculados. Agora, no final, o número caiu pela metade, por causa das desistências.
As inscrições para as novas turmas de 2022 serão abertas no dia 13 de dezembro, e vão até o dia 9 de janeiro. Você pode se inscrever pelo site: www.cursinhocp2.org. Para saber mais sobre os projetos e o Cursinho, acompanhe a ONG pelas redes sociais, como Facebook e Instagram.
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