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Educação

Quase ‘setentão’ morador de Jundiaí se forma em jornalismo e é aplaudido de pé

Quase desisti por problemas de saúde, mas depois pensei: Já que cheguei até aqui, não vou desistir agora. Será covardia da minha parte”

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Urias se formou no dia 5 de fevereiro no Clube São João (Foto: Arquivo Pessoal)

Aos 69 anos, Urias de Campos, morador do Jardim Pacaembu, em Jundiaí (SP), colou grau no último dia 5 de fevereiro, no Clube São João. Diante de vários amigos, ele foi aplaudido ao receber seu sonhado diploma de conclusão de curso de jornalismo pela UNIFACCAMP – Centro Universitário Campo Limpo Paulista.

“Com a colação de grau me sinto realizado. Agradeço a Deus, meus amigos de sala e ao corpo docente da faculdade, além do pessoal do estúdio”, diz orgulhoso de mais uma conquista.

O sonho de Urias começou quando ele ainda era uma criança e ouvia programas de rádio de profissionais consagrados, como Vicente Leporace, Henrique Lobo, Walter Silva, Pedro Luiz Paoliello, Fiori Gigliotti, Edson Leite, Geraldo José de Almeida e Jorge Curi. Com ou ouvido colado para ouvir estas lendas, ele se apaixonou pelo radiojornalismo.

“Eu também gostava da Hebe Camargo que começou na rádio antes de ir para a televisão”, completa.
Além desses ícones, Urias ressalta que José Blota Júnior foi o melhor apresentador de todos os tempos na sua opinião.

“Vocês devem estar se perguntando: ‘E, o Silvio Santos?’ Bom, ele é um animador e não apresentador”, opina.

Urias diz que sempre sonhou em trabalhar com a comunicação, mas que não teve condições financeiras para investir nos estudos quando mais jovem.

“Para entrar no ginásio tinha que fazer uma espécie de admissão e eram poucas vagas no colegial. Pensar em faculdade? Estudar fora? Jamais, naquela época pobre não tinha esse direito”, conta.

A rotina de estudos

Após anos, Urias finalmente ingressou na universidade e recebeu apoio dos amigos e familiares que se emocionaram ao saber que ele tinha conseguido dar um grande passo em sua nova fase.

“Não foi fácil chegar até aqui devido ao meu trabalho. Fiz vários vestibulares, mas na hora de começar, não podia por causa do horário”, relata.

Mas, em 2015 tudo mudou. Urias deu um jeitinho daqui, outro dali e finalmente conseguiu conciliar seus horários.

Ele contou que se assustou ao encontrar cerca de 100 alunos em sala de aula e pensou em desistir. “Eu sentava no fundo e tinha dificuldade para enxergar e ouvir os professores. Mas, aos poucos consegui me adaptar e comecei a sentar mais próximo da lousa”.

Urias (ao centro) com os companheiros de classe: adaptação com a juventude e muita força de vontade (Foto: Edvanderson Luiz)

A recepção dos colegas e professores foi imprescindível para Urias se sentir confortável e persistir em seu sonho. “Sempre observei o seu Urias de uma maneira diferente dos outros alunos. Via nele a vontade de realizar o sonho de se formar em uma universidade.

Vi também a adaptação dele ao universo ‘jovem’ que não é fácil. Mas, ele sempre se esforçou para acompanhar o ritmo puxado e os trabalhos, e isso era o que eu mais avaliava”, explica um de seus professores, Rafael Mattoso Galdino.

Em sala de aula, Urias sempre se mostrou prestativo e dedicado, segundo sua colega da turma, Nádia Antunes.
“Tínhamos que debater ideias em aula e ele sempre dava sua opinião com firmeza, apesar da timidez. Além de sempre ouvir e respeitar a opinião dos outros sobre do assunto que era discutido”.

Dificuldades e conquista

A rotina se tornava cada vez mais exaustiva para Urias, que é agente operacional judiciário em Franco da Rocha (SP). Ao sair do serviço, ele ia direto para a universidade e saia às 22h30, quando ainda tinha de chegar na estação para pegar o trem.

“Cheguei ao oitavo semestre aos trancos e barrancos. Quase desisti por problemas de saúde, mas depois pensei: Já que cheguei até aqui, não vou desistir agora. Será covardia da minha parte”.

Urias também conta que teve dificuldades ao realizar o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), mas recebeu apoio dos professores e, assim, deu tudo certo. Ele ainda diz que ficou com algumas pendências que eliminará até junho deste ano.

Para quem quer começar a estudar mas tem receio por causa da idade, ele deixa um recado:

“Deixem o preconceito e o medo de lado. A idade não é empecilho para nada, ainda mais quando se trata de adquirir conhecimento”.

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