Depois de 25 anos, ela 'reencontrou' filha que pensou que havia morrido no parto
Conecte-se conosco

Geral

Depois de 25 anos, ela ‘reencontrou’ filha que pensou que havia morrido no parto

Por enquanto o encontro foi só virtual, mas elas já preparam o grande dia em que poderão se conhecer

Publicado

em

Atualizado há

Depois de 25 anos, ela reencontrou filha que pensou que havia morrido
Lurdes segura foto de sua filha, Camila, que foi enviada via WhatsApp, meio por qual conversam (Foto: Tribuna de Jundiaí)

Francilurdes Oliveira teve que passar pela dor do luto ao descobrir que sua filha, fruto de sua primeira gravidez, havia morrido. Na época com apenas 13 anos, o que ela não imaginava era que na verdade sua filha foi entregue, por sua mãe, para ser criada por outro casal. O primeiro contato com Camila, hoje com 25 anos, só aconteceu recentemente, há menos de um mês.

Mais conhecida como Lurdes, a funcionária da limpeza do Hospital Universitário de Jundiaí veio há aproximadamente 11 anos para São Paulo. Antes, morava em Crateús, no Ceará, sua cidade natal. Camila, sua filha, mora em Teresina, Piauí, cidade em que Lurdes morava na época do parto. Já casada e com três filhos, ela sonha em vir para cá conhecer a mãe, mas não tem condições financeiras.

Desde que tiveram o primeiro contato, há pouco tempo, mãe e filha conversam via WhatsApp. A cada dia, a ansiedade e a expectativa de se conhecerem aumentam.

“Esses dias fizemos uma chamada de vídeo e tudo o que eu mais queria era poder entrar dentro da tela, para poder ver ela pessoalmente. E estamos tão ansiosas. O coração falta pular para fora só de ouvir a voz a dela”, contou a cearense ao Tribuna de Jundiaí.

A história

Lurdes diz que nunca teve uma relação muito boa com sua mãe. Aos 7 anos, ela foi vendida para outra mulher, que a trouxe para São Paulo. Na época, apanhava constantemente, até que os vizinhos avisaram a polícia.

Ela passou quatro anos em um abrigo infantil, até que aos 10 anos foi enviada de volta para sua cidade. Sua mãe, no entanto, a enviou para morar com sua tia, em Teresina, no Piauí.

“Aí, com 13 anos, conheci um menino, que tinha a mesma idade que eu. Na época nós não tínhamos informação e acabou que eu engravidei. No início, sem saber do que se tratava, até pensamos que poderia ser alguma doença para minha barriga ter crescido. Fui ao médico e descobri que era gravidez”, relembrou.

Ela diz que havia conversado com sua tia e que iriam dar um jeito de sustentar a criança. Para sua mãe, no entanto, era uma vergonha toda a situação. “Ela disse que não queria ter uma filha como eu. Disse palavras horrorosas”.

No dia do parto a mãe de Lurdes apareceu por lá. O bebê foi levado do quarto e, para ela, a história contada foi a de que sua filha havia morrido.

“Eu só vi a Camila naquela dia, depois as enfermeiras levaram ela para tomar banho. Minha mãe apareceu chorando, dizendo que ia me levar de volta para minha cidade, que minha filha tinha morrido e que Deus ia me dar outros filhos. Eu já tinha amamentado ela, chorei demais, entrei em prantos”, recordou.

E assim ela passou pela dor do luto, sem saber que, na verdade, sua filha foi levada para ser criada por outra família, que a registrou com outro sobrenome. Na sua cidade natal, há quase um dia de distância de Teresina, não tinha como saber de sua filha – e foi por isso que sua mãe a obrigou a voltar.

“Mas a situação na casa da minha mãe nunca foi boa e eu acabei saindo de casa ainda menor de idade, fui morar com outro homem. Acabei engravidando, aos 17, de uma menina que acabou falecendo”.

Foi somente 10 anos após o parto que sua tia, ao visitá-la no Ceará, afirmou que sua primeira filha, a Camila, estava viva.

“Ela disse que minha filha era minha cara. Eu custei a acreditar, disse que minha filha tinha morrido. Aí fui falar com minha mãe, que afirmou que deu para um casal criar. Eu implorei para me dizer quem eram. Cheguei a ir atrás, mas não a encontrei”, relembrou.

No seu coração, no entanto, o sentimento de que um dia a encontraria sempre foi presente. “Eu nunca perdi as esperanças, desde essa vez que minha tia me disse. Sempre tive no meu coração esse sentimento. Eu sabia que um dia a encontraria”.

Hoje Lurdes é casada e mãe de um filho, que tem oito anos. Mas seu sonho, de ter uma menina, lhe foi negado. “Eu sempre quis ter uma filha e não pude criá-la”, disse. Mas ela afirma que, no entanto, perdoou sua mãe pela situação. “Dei o perdão, mas ainda existe um sentimento por tudo que aconteceu “.

O reencontro

Foi há menos de um mês que Lurdes recebeu uma ligação que mudaria tudo: era uma de suas irmãs, dizendo para ligar para sua tia de Teresina. E assim ela fez. “Ela me disse que a Camila apareceu na casa dela, que já sabia de toda a história, que queria meu número e que queria me ver. Foi uma bomba. Eu fiquei sem reação”, contou.

“A Camila ficou sabendo de tudo porque ambos os seus pais de criação faleceram. Antes de sua mãe de criação ir embora, ela contou tudo para a Camila e falou sobre minha tia, que com ela poderia encontrar informações sobre mim”, continuou.

Na primeira vez que elas conversaram a emoção foi imensa. “Ela me ligou e disse quem era, que era minha filha. Eu fiquei tão, mas tão feliz. E fico todas as vezes que falo com ela. Ela disse que me ama, que entende toda a situação, que sabe que não fui eu quem provoquei tudo isso. E também descobri que já era avó, de três netos. Foi uma bomba, tudo de uma vez”.

Agora, o intuito é o de se conhecerem pessoalmente. “Ela quer vir para cá, mas quer trazer meus netos e o marido. Só que como ele trabalha como pintor não registrado, a condição financeira é complicada. Eles são beneficiários do Bolsa Família, que é o que ajuda na renda. Mas a passagem de ônibus de lá para cá para cinco pessoas não é barata. Enquanto o momento não chega, a ansiedade só aumenta”, reiterou.

Agora, Lurdes se apega às mensagens enviadas via WhatsApp. Por lá, elas trocam fotos, áudios e fazem chamadas de vídeo. “Tudo que eu mais queria é ver ela. É o meu maior sonho”, finalizou Lurdes, com os olhos marejados ao olhar as fotos de sua filha, Camila, que por tanto tempo ansiava por encontrar.

Geral

O aumento da corrupção no país: Brasil, que país é este?

Artigo por Ives Gandra da Silva Martins 

Publicado

em

Por

Ives Gandra da Silva Martins
Fotos: Andreia Tarelow

Recentemente, a revista The Economist, talvez a mais importante publicação sobre a economia do mundo, mostrou, um retrato vergonhoso para o Brasil no que diz respeito ao aumento da corrupção no país, avaliação feita pela Transparência Internacional, que mede a corrupção em todos os países do mundo. Nós mostramos, efetivamente, esses dados em nosso novo livro “Brasil, que país é este?”, escrito…

Continuar lendo

Geral

Várzea Paulista recebe mais de 100 matrículas do Governo Estadual para regularização fundiária na Vila Real

Evento de entrega ocorreu na cidade de Cosmópolis e contou com a presença de autoridades estaduais

Publicado

em

Foto: Prefeitura de Várzea Paulista

Nesta quinta-feira (14), Várzea Paulista recebeu do Governo Estadual mais de 100 matrículas para a Regularização Fundiária de imóveis do bairro Vila Real. O evento ocorreu na cidade de Cosmópolis e contou com a presença de diversas autoridades estaduais e de municípios vizinhos. A regularização fundiária vem sendo realizada através da Unidade Gestora de Urbanismo e Habitação com o programa…

Continuar lendo

Geral

Crianças e adolescentes do Projeto ‘Arte e Movimento’ da APAE se apresentam no SESC Jundiaí

O grupo é formado por 24 crianças e adolescentes com deficiência intelectual, síndrome de down e autismo entre 06 a 17 anos.

Publicado

em

Por

O grupo apresentou o espetáculo “Estações”, com quatro coreografias: Primavera, Verão, Outono e Inverno (Foto: APAE Jundiaí)

Nesta quarta-feira (28), as crianças e adolescentes do projeto Arte e Movimento da APAE Jundiaí se apresentaram no Teatro do SESC Jundiaí. Elas apresentaram o espetáculo “Estações”, com quatro coreografias: Primavera, Verão, Outono e Inverno. Essa foi a primeira apresentação do grupo, que visitou o Centro das Artes e a Sala Glória Rocha no dia 14 de fevereiro. Na plateia, familiares orgulhosos…

Continuar lendo

Geral

Jundiaí registra fortes chuvas nesta segunda-feira (8)

A força-tarefa da Operação Chuvas de Verão está nas ruas realizando vistoria e auxiliando os munícipes a fim de mitigar os transtornos

Publicado

em

Por

Chuva em Jundiaí
Foto: Prefeitura de Jundiaí

A Defesa Civil de Jundiaí informa que o volume de chuvas registrado até 18h desta segunda-feira (8) foi: 50 mm no Jardim Florestal, 33 mm na Roseira, 43 mm no Jardim Tamoio, 29 mm no Fazenda Grande, 17 mm no Santa Gertrudes e 33 mm no Rio Jundiaí – altura da Vila Graff. A força-tarefa da Operação Chuvas de Verão…

Continuar lendo

Geral

Maxi Shopping Jundiaí tem loja em prol da Ateal; conheça

A loja vende produtos institucionais, como jogos e baterias para aparelho auditivo, tapetes, patchworks, colares, bolsas, mesa posta, velas, enfeites de natal e mais, com preços a partir de R$ 15.

Publicado

em

A ATEAL é referência no atendimento para o diagnóstico e reabilitação de deficientes auditivos e pessoas com distúrbios de fala em Jundiaí (Foto: Divulgação)

O Maxi Shopping Jundiaí iniciou a exposição e venda de trabalhos em prol da Ateal – Associação Terapêutica de Estimulação Auditiva e Linguagem. A loja solidária acontece até 31 de dezembro, próxima à Entrada do Sol, no Maxi Shopping. A loja tem produtos institucionais como jogos e baterias para aparelho auditivo, tapetes, acessórios, decoração, mesa posta, enfeites de natal e muito…

Continuar lendo
Publicidade