Nesta terça-feira (14), o Banco do Brics anunciou a liberação de US$ 1,115 bilhão (cerca de R$ 5,750 bilhões), em recursos para auxiliar o Rio Grande do Sul na reconstrução após as fortes chuvas e inundações que atingiram o estado. De acordo com o anúncio, o Estado poderá usar a verba para projetos de infraestrutura urbana, saneamento, agricultura, e desenvolvimento social. O Brics disponibilizará o valor em parceria com bancos nacionais e regionais.

A presidente do Brics, Dilma Rousseff, classificou a situação no Rio Grande do Sul como “calamitosa” e destacou a importância da cooperação para auxiliar o estado. “Tenho certeza de que, com a força do povo gaúcho, a solidariedade do povo brasileiro e da comunidade internacional, essa crise será superada”, afirmou. A distribuição dos recursos acontecerá da seguinte maneira:

• US$ 500 milhões (R$ 2,5 bilhões) – em parceria com o BNDES: US$ 250 milhões para pequenas e médias empresas e US$ 250 milhões para obras de proteção ambiental, infraestrutura, água, tratamento de esgoto e prevenção de desastres.
• US$ 100 milhões (R$ 500 milhões) – em parceria com o Banco do Brasil: para infraestrutura agrícola, projetos de armazenagem e infraestrutura logística.
• US$ 20 milhões (R$ 100 milhões) – em parceria com o BRDE: para projetos de desenvolvimento e mobilidade urbana e recursos hídricos.
• US$ 295 milhões (R$ 1,5 bilhão) – em um segundo contrato com o BRDE: em processo de aprovação final, para obras de desenvolvimento urbano e rural, saneamento básico e infraestrutura social.
• US$ 200 milhões (R$ 1 bilhão): financiados diretamente pelo Brics, podendo contemplar obras de infraestrutura, vias urbanas, pontes e estradas.

Além disso, o Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe (CAF) também anunciou um pacote de medidas de apoio ao Rio Grande do Sul. A iniciativa tem potencial para chegar a US$ 746 milhões (R$ 3,8 bilhões).

O Banco do Brics

Criado em dezembro de 2014, o Brics financia projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável nos países que fazem parte do grupo e em outras economias emergentes. Até o início de 2023, o Brics tinha cerca de US$ 32 bilhões em projetos aprovados, dos quais US$ 4 bilhões estavam investidos no Brasil.

A princípio, faziam parte do Brics os países: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Em 2021, aderiram ao banco Bangladesh, Egito, Emirados Árabes Unidos e Uruguai. A ex-presidente do Brasil, Dilma Rousseff, é a atual presidente do Brics. Seu mandato vai até julho de 2025.