
A Prefeitura de Ilha Comprida, no litoral de São Paulo, voltou atrás e informou, por meio de nota, na última terça-feira (16), que o ferimento sofrido pela criança de 11 anos em uma das praias da cidade não foi causado por um tubarão. O caso ficou bem conhecido depois de ganhar repercussão na mídia, após a prefeitura confirmar que o menino teria sido ferido ao esbarrar em um cardume de cações. Ainda não é possível confirmar qual animal foi responsável pelo incidente.
No começo, a prefeitura havia veiculado que um cardume de cações em deslocamento para o Leste do país teria esbarrado na criança, por volta das 12h da segunda-feira (15). O menino estava no mar, brincando com alguns familiares, quando viu um peixe, que foi apontado como um tubarão, na direção de sua perna.
De acordo com o g1, a criança estava na cidade à passeio, visitando o pai, que mora em Ilha Comprida. Apesar do susto, o menino foi socorrido a uma unidade de saúde, levou pontos na perna e passa bem.
Segundo a vítima, Carlos Alexandre Oliveira Marques, tudo aconteceu muito rápido. “Quando a gente viu, já estava muito perto de nós. Até que foi pequeno o corte, mas quando olhei, estava saindo muito sangue, então fiquei desesperado, achando que coisa pior tinha acontecido. Só que depois que os médicos limparam minha perna, vi que não precisava ficar preocupado”, comenta.
Até a tarde da última terça-feira, acreditava ainda que, realmente, tratava-se de um tubarão, porém a versão foi negada pela prefeitura, depois de muitas análises de vídeos e fotos do ferimento da criança, que foram feitas pela equipe do Projeto Elasmocategorias.
A conclusão foi de que o incidente não foi causado por nenhuma espécie de tubarão. Provavelmente, segundo a prefeitura de Ilha Comprida, o machucado foi provocado por um cardume de raias ticonha (Rhinoptera bonasus e R. brasiliensis), muito comuns na região, ou outra espécie de peixe ósseo.
Ainda de acordo com a nota, além do ferimento não ser compatível com um ataque de cação, a região onde ocorreu o incidente é rica em espécies de peixes, incluindo aquelas que são alimento para os tubarões, fator que colabora para que a equipe técnica acredite que não há motivos para o ataque.
Fonte: g1.