O Vaticano anunciou nesta segunda-feira (28) que o conclave para eleger o novo papa começará no dia 7 de maio. A decisão foi tomada durante a quinta reunião da Congregação Geral, encontro a portas fechadas entre os cardeais, realizada após o sepultamento do papa Francisco e dentro do tradicional período de luto, conhecido como Novendiales.
Como será o Conclave?
O Conclave, nome dado à eleição papal, reunirá 133 cardeais eleitores na Capela Sistina, que foi fechada para visitação pública nesta segunda-feira (28) para dar início aos preparativos. Entre os ajustes necessários está a instalação da tradicional chaminé, de onde sairá a fumaça preta ou branca indicando o andamento da votação.
Durante o Conclave, os cardeais fazem um juramento de sigilo absoluto e permanecem isolados na chamada “zona de conclave”, dentro do Vaticano.
Segundo o procedimento oficial, são realizadas até quatro votações por dia — duas pela manhã e duas à tarde. Para que um cardeal seja eleito papa, é necessário obter dois terços dos votos. Com 133 eleitores confirmados, serão necessários, no mínimo, 89 votos para a escolha do novo líder da Igreja Católica.
Se não houver consenso após três dias de votações, uma pausa de 24 horas será realizada para orações. Caso a eleição se prolongue até 34 votações sem sucesso, os dois candidatos mais votados na última rodada disputarão uma espécie de “segundo turno” — ainda precisando atingir a maioria qualificada.
Expectativa de duração
Embora o início tenha sido marcado para 7 de maio, ainda não há previsão de quanto tempo o Conclave irá durar. Em ocasiões recentes, como em 2005 e 2013, a escolha do papa levou apenas dois dias. Porém, a história da Igreja registra casos como o do século 13, em que o Conclave demorou mais de dois anos para eleger Gregório X.
O calendário de imprensa da Santa Sé estabeleceu o período de 21 de abril a 11 de maio como referência simbólica para a cobertura de funeral e Conclave, sem, no entanto, determinar o prazo exato para a eleição.
Representação brasileira no Conclave
O Brasil, país com a maior população católica do mundo, terá sete representantes entre os cardeais eleitores. São eles:
- Sérgio da Rocha, Primaz do Brasil e arcebispo de Salvador, 65 anos;
- Jaime Spengler, presidente da CNBB e arcebispo de Porto Alegre, 64 anos;
- Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, 75 anos;
- Orani Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro, 74 anos;
- Paulo Cezar Costa, arcebispo de Brasília, 57 anos;
- João Braz de Aviz, arcebispo emérito de Brasília, 77 anos;
- Leonardo Ulrich Steiner, arcebispo de Manaus, 74 anos.
O conclave de 2025 promete ser o mais “global” da história recente, refletindo o perfil diversificado dos 133 cardeais, dos quais 80% foram nomeados pelo papa Francisco.
Preparativos na Capela Sistina
A Capela Sistina, um dos locais mais visitados do Vaticano, teve sua visitação suspensa para dar início aos preparativos do Conclave. A estrutura da chaminé, pela qual os fiéis de todo o mundo acompanharão o resultado das votações — fumaça preta para voto inconclusivo e fumaça branca para a eleição de um novo papa — está sendo instalada.
Visitantes que conseguiram acessar o local no último domingo (27) se disseram privilegiados. “Acho que nos sentimos muito sortudos por sermos o último grupo de visitantes a entrar hoje”, afirmou o turista norte-americano Sumon Khan. “Sabem, nossa viagem não teria sido completa sem ver este lugar lindo.”
Entenda o que acontece após a morte do papa
A morte do papa Francisco deu início ao Novendiales, um período de nove dias de luto oficial marcado por missas e orações. Apenas após a conclusão desse ritual a Igreja pode iniciar o processo de eleição de um novo pontífice.
Enquanto o Conclave não se inicia, o Vaticano permanece sob a administração do Camerlengo, cuja função é garantir a continuidade das operações da Igreja até que o novo papa seja eleito.
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