O Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP) — Regional Jundiaí — comemora em 2025 sete décadas e meia de atuação em defesa do setor industrial. Neste marco histórico, a entidade reafirma seu papel estratégico no desenvolvimento econômico dos 11 municípios que compõem sua base territorial, onde vivem mais de 1,1 milhão de pessoas.
Ao longo dos anos, o CIESP Jundiaí foi protagonista de conquistas que vão desde a qualificação profissional até o estímulo à inovação, passando por articulações com o poder público e políticas industriais de impacto.
Nesta entrevista exclusiva, o diretor Marcelo Cereser destaca os principais momentos da trajetória da entidade, os desafios do presente e as oportunidades que se desenham para o futuro da indústria local. Confira:
Foto: Divulgação/CIESP
1. O CIESP Jundiaí completa 75 anos em 2025. Quais momentos ou conquistas o senhor destacaria nessa trajetória?
Ao longo dessas sete décadas e meia, o CIESP Jundiaí se consolidou como uma referência na defesa da indústria regional. Destaco nossa atuação junto ao poder público em momentos decisivos, a promoção de políticas industriais que fortaleceram o setor e o apoio constante às empresas associadas. Também tivemos conquistas importantes em qualificação profissional, estímulo à inovação e interlocução com os principais atores da economia regional.
Foto: Divulgação/CIESP
2. Como o papel da entidade evoluiu ao longo das décadas e o que permanece como missão central até hoje?
O CIESP sempre acompanhou as transformações da indústria. Se antes nosso foco era principalmente infraestrutura, competitividade e relações trabalhistas, hoje também atuamos fortemente em temas como ESG, transição energética e transformação digital. Mas a missão de representar, defender e apoiar a indústria paulista — em especial da nossa região — permanece como nosso eixo principal.
3. A região tem mais de 1,1 milhão de habitantes e reúne 11 municípios. Qual é o papel do CIESP na articulação desse polo industrial?
Temos um papel estratégico. Articulamos ações regionais que envolvem desde infraestrutura e logística até educação profissional, atração de investimentos e sustentabilidade. O CIESP é uma voz unificada da indústria e atua para integrar interesses dos municípios, promovendo desenvolvimento equilibrado e soluções conjuntas para desafios comuns.
Foto: Divulgação/CIESP
4. A indústria de transformação responde por quase 30% dos empregos formais da região. O que explica essa força produtiva?
Nossa região tem uma história industrial muito forte, com empresas que cresceram aqui e ajudaram a formar cadeias produtivas robustas. A localização estratégica, próxima da capital e de grandes vias logísticas, também é um diferencial, assim como a tradição em formar mão de obra qualificada. Essa combinação sustenta nossa força produtiva e a diversificação do setor.
5. O saldo de empregos formais no setor industrial foi positivo nos últimos cinco anos. O que tem impulsionado esse desempenho?
Temos visto uma retomada gradual da confiança do empresariado, aliada à capacidade de adaptação das indústrias locais. A modernização dos processos, a inovação e o foco em nichos específicos têm sido fundamentais. Além disso, muitas empresas da região conseguiram manter competitividade mesmo em cenários adversos, o que favorece a geração de empregos.
Foto: Divulgação/CIESP
6. Os salários da indústria na região são mais altos que a média do estado. Isso é reflexo de maior qualificação, produtividade ou outros fatores?
Sem dúvida, a qualificação da mão de obra é um dos fatores principais. A indústria local exige profissionais com competências técnicas mais específicas, e isso naturalmente se reflete na remuneração. Além disso, a presença de empresas que investem em inovação e valorizam o capital humano contribui para essa média salarial mais elevada.
7. Quais setores industriais mais se destacam hoje na região em termos de crescimento e geração de empregos?
Setores como alimentos e bebidas, auto peças e eletroeletrônico, embalagens, metalurgia, química e logística associada à indústria têm mostrado forte dinamismo. Muitos desses segmentos estão investindo em tecnologia e sustentabilidade, o que não só impulsiona o crescimento como também atrai novos talentos e amplia oportunidades.
Foto: Divulgação/CIESP
8. Como o CIESP tem apoiado as empresas diante de desafios como inovação, ESG, transição energética e transformação digital?
Temos oferecido uma agenda intensa de eventos, workshops, palestras de temas que estão na pauta dos nossos associados e dos empresários de um modo geral, além do apoio com o SENAI SP que debate todos estes temas, preparando as indústrias para enfrentar esses novos desafios. O objetivo é preparar as empresas para os novos paradigmas, oferecendo conhecimento prático e fomentando uma cultura empresarial mais inovadora, responsável e conectada com o futuro.
9. Quais os principais desafios e oportunidades que o senhor enxerga para a indústria regional nos próximos anos?
Os desafios ainda passam por questões estruturais como a carga tributária, a burocracia e a escassez de profissionais técnicos. Por outro lado, temos grandes oportunidades em áreas como economia circular, transição energética, automação e valorização da produção local. A região está bem-posicionada para liderar esse movimento de transformação.
Foto: Divulgação/CIESP
10. Para finalizar: que mensagem o senhor deixa às indústrias, colaboradores e parceiros do CIESP neste marco de 75 anos?
Nossa história é construída por muitas mãos — empresários, trabalhadores, parceiros e entidades que acreditam na força da indústria. Aos 75 anos, o CIESP Jundiaí segue firme em sua missão de apoiar e representar o setor produtivo. Que essa data inspire ainda mais união, inovação e desenvolvimento sustentável para os próximos anos.
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