“Eu não mandaria meu filho para a escola”, diz José Renato Nalini, ex-secretário estadual de Educação
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Entrevistão

“Eu não mandaria meu filho para a escola”, diz José Renato Nalini, ex-secretário estadual de Educação

Considerado um dos filhos mais ilustres da Terra da Uva, ele falou sobre Educação, Justiça e política no Entrevistão desta semana

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Nalini
Experiências como secretário de Educação do Estado foram retratadas em um livro publicado pela Editora Sesi (Foto: Arquivo Pessoal)

No Entrevistão desta semana, o jundiaiense que já foi presidente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo e secretário estadual de Educação fala sobre a situação atual do país, da Educação na pandemia e de como a reeleição política coloca o Brasil em decadência.

Por videochamada, ele conversou quarta (24) com o Tribuna de Jundiaí e disse ter completado dia 12 de março um ano sem sair do imóvel onde reside, em São Paulo, por conta da pandemia. “Estou trancado dentro de casa. Saí só para tomar a primeira dose da vacina. Mas estou vivendo bem, dando aula, fazendo live, escrevendo…”, contou. “Sinto muita saudade de Jundiaí”.

Confira:

Tribuna de Jundiaí – No último artigo que o senhor escreveu, é retratada a automação de profissões e o risco iminente de mais desemprego, motivado principalmente pela pandemia. A Educação ficaria de fora deste processo sem volta, na sua opinião? Como o senhor avalia isso?

José Renato Nalini – Há uma necessidade de reformular o processo de formação dos educandos e os destinatários principais são as crianças e os jovens. Mantemos uma sistemática nas escolas de considerar o professor sendo o detentor de todo o conhecimento e o educando uma tábula rasa, alguém que não sabe nada, por isso há tanto estranhamento entre professor e aluno. Os jovens já não aguentam mais uma aula de 50 minutos com apenas uma pessoa falando e eles quietinhos, só ouvindo. Temos esse fenômeno de evasão, de abandono do ensino médio porque nós não descobrimos que cada estudante é uma pessoa, que deveria ter a sua individualidade respeitada. O professor tem de ser alguém que induza o educando à curiosidade. Nunca houve tanto saber acessível! O Brasil conta hoje com 280 milhões de mobiles, sejam eles telefones celulares, tablets, notebooks, computador ou outro tipo de equipamento. O professor precisaria ser treinado para ensinar o aluno a pesquisar e ele, educador, serviria como um filtro deste processo. Continuamos a adestrar o aluno, querendo que ele memorize tudo sendo que temos o Google hoje para isso. Descuida das competências socioemocionais, por isso os estudantes perdem o interesse, sobretudo os mais inteligentes, pois toda a criatividade que eles têm não está sendo utilizada. Há talentos muito mais importantes para serem explorados do que saber de cor alguma coisa. O ensino híbrido, a utilização da rede social, da informática e de tudo isso vieram para ficar e temos que nos disciplinar para que possa nos servir daquilo que a tecnologia da informação disponibiliza. Uma aula em que você utiliza um áudio, uma cena, uma teatralização ou um vídeo é muito mais atraente e causa maior resultado do que aquela apostila antiga, desatualizada. E o professor tem todos os motivos do mundo para se sentir desmotivado, também, pois hoje o aluno acessa o Google e o corrige na sala de aula. Ser professor, atualmente, é uma atividade de risco, até pela violência que existe dentro da sala de aula. Não há mais aquele respeito, aquela admiração pelos professores, isso desapareceu. Vivemos um declínio de valores pois, em poucas décadas, estamos sepultando uma porção deles. Ninguém está dispensado de educar, esta não é uma obrigação só dos educadores, mas dos pais principalmente.

“As pessoas sérias fogem da política porque hoje é muito arriscado você ter cargo público. Tem um Ministério Público que não perdoa nada e considera ímprobo qualquer pessoa, mesmo que não tenha feito nada de desonestidade. É muito comum verificarmos que os honestos se afastam da política, com razão. E se os honestos fogem, quem é que fica?”

Tribuna – A Tecnologia da Informação e da Comunicação como ferramenta de ensino nas escolas é algo que o senhor defende, ou seja, fazer com que o mundo digital também seja parte da vida dos alunos – até como inclusão. Por que o Brasil está tão atrasado neste quesito?

Nalini – Tenho impressão que tivemos governos que não se interessaram pelo reforço à educação. Uma população esclarecida vai cobrar comportamentos mais compatíveis com aquilo que nós consideramos essencial na vida em sociedade. A pandemia veio para mostrar que temos milhões de invisíveis, de informais, de desempregados, despossuídos, sem-teto, sem trabalho, sem perspectivas… pessoas sem alento, sem futuro algum, sem saneamento básico, muita gente sem água e passando fome num país como o nosso, enquanto os políticos, aqueles que dependem da política partidária, estão pensando mais em eleição, em troca de favores, em manter as coalizões. Um grande defeito da política partidária brasileira é a reeleição. A reeleição é uma usina de malefícios porque no primeiro dia do primeiro ano de mandato, o eleito já está pensando na reeleição. Ele vai fazer tudo para ser reeleito! A política é algo maléfico, malévolo no Brasil. As pessoas sérias fogem da política porque hoje é muito arriscado você ter cargo público. Tem um Ministério Público que não perdoa nada e considera ímprobo qualquer pessoa, mesmo que não tenha feito nada de desonestidade. É muito comum verificarmos que os honestos se afastam da política, com razão. E se os honestos fogem, quem é que fica? Isso é algo que a sociedade deveria pensar, mas a maior parte dela infelizmente é iletrada. É aquele analfabeto funcional, que sabe ler, soletrar, sabe desenhar o nome mas não tem condições de traduzir com outras palavras um texto que leu, não tem condição de assimilar e se exprimir com eficiência. Há também muito erudito, até com pós-graduação, que prefere ter uma atitude de avestruz: enterra a cabeça na areia e não toma conhecimento do que acontece. Numa fase como a que nós estamos vivenciando, de polarização, de extremismos, de considerar qualquer pessoa que não pense como você um inimigo em lugar de ser alguém que você precisa ouvir, refletir sobre aquilo que falou, verificar se tem alguma parcela de razão porque o mundo não é maniqueísta: todo bem de um lado e todo mal de outro, as coisas se interpenetram! Num país como os Estados Unidos, que tem dois partidos fortes – Republicanos e Democratas – existe a alternância de poder. Agora, um país como o Brasil, que tem 40 partidos, é uma piada! Não há 40 ideologias diferentes, não há 40 opções para você administrar uma República. Partido no Brasil serve para apanhar fundo partidário, fundo eleitoral, distribuição de cargos para os apaniguados, trocar de partido a qualquer interesse, fazer coligações… por isso a nossa democracia representativa está completamente falida, porque ninguém se considera representado. Não é possível dizer que só tem gente ruim na política, mas o mal que se faz, a corrupção endêmica, a troca de vantagens, a apropriação do interesse público para fins particulares faz com que as pessoas desacreditem. A política é necessária para fazer com que a coordenação das atividades e ações voltadas à sobrevivência da sociedade seja a mais solidária, mais econômica, mais racional e eficiente. Não vejo perspectiva hoje de melhora a curto prazo, pois as reformas que o Brasil precisa não estão no horizonte: administrativa, política, tributária, da educação, proteção ao meio ambiente… está tudo na mão contrária e é por isso que o país é considerado um pária (excluído) na comunidade internacional. E há quem ache que ser pária é uma vantagem, para não se alinhar com comunistas! Isso quando você depende da China, que foi a única que forneceu insumos para vacinar nove entre 10 brasileiros. Não sei se é ignorância, má fé ou se são as duas coisas juntas que não permitem que haja lucidez, coerência e cobrança de seriedade num país que tinha tudo para ser bem sucedido.

“… está tudo na mão contrária e é por isso que o país é considerado um pária (excluído) na comunidade internacional. E há quem ache que ser pária é uma vantagem, para não se alinhar com comunistas! Isso quando você depende da China, que foi a única que forneceu insumos para vacinar nove entre 10 brasileiros. Não sei se é ignorância, má fé ou se são as duas coisas juntas que não permitem que haja lucidez, coerência e cobrança de seriedade num país que tinha tudo para ser bem sucedido”.

Tribuna – Fechar ou abrir as escolas, receber ou não os estudantes? Como ensinar, levar o conhecimento para crianças, jovens e adultos em meio a mais grave pandemia já registrada no mundo?

Nalini – Essa é uma questão bem complexa. Eu confesso que cheguei a escrever um artigo em que disse que não mandaria meu filho à escola. É um período que nós não sabemos bem como essa peste se propaga. Ela começou pegando os idosos e houve até o cúmulo de pessoas do governo dizendo que era bom, porque isso equilibraria o INSS… depois ela começou a aparecer com outras cepas, mutações e hoje tem morrido pessoas jovens. Todos estão sujeitos e não há explicação nenhuma: tem gente que ficou em casa o tempo todo e pegou Covid só porque desceu no elevador; e outros que saem pelas ruas sem máscara e não contraem. Neste período em que não temos certeza, que as mortes estão crescendo e o único fator inibitório é o isolamento social, uso de máscara, higienização das mãos e uso de álcool em gel, nós temos de cotejar: qual é o mal maior? É colocar as crianças em risco de vida! E acho que o governo foi até sensato: precisou de mandado de segurança e ação, mas houve cumprimento porque as escolas estão fechadas. Abertas elas permanecem apenas para alimentar, apenas para quem está passando fome. O conhecimento recupera-se, as vidas não! Não havia nem pandemia ainda e o ministro Luís Roberto Barroso (STF) defendeu a educação doméstica, o homeschooling. Fui favorável porque a educação é algo multiportas: você não pode padronizar, homogeneizar, querer uma educação só imposta pelo governo, pela nação. Tem que ter escolas confessionais, religiosas, agnóstica, ateia, militar, montessori, Paulo Freire… tem que ter multiplicidade! E por que não os pais que se consideram capacitados para educar seus filhos, não fazer isso em casa?

“Neste período em que não temos certeza, que as mortes estão crescendo e o único fator inibitório é o isolamento social, uso de máscara, higienização das mãos e uso de álcool em gel, nós temos de cotejar: qual é o mal maior? É colocar as crianças em risco de vida!”

Tribuna – A passagem do senhor no comando da Secretaria Estadual de Educação será retratada em um livro?

Nalini – Ele já foi publicado, inclusive, chama-se “Educação é uma questão de Justiça”. Saí (do cargo) em abril de 2018 e escrevi rapidamente, pois estava tudo na minha cabeça e tinha muitas observações a fazer. Falei com meu amigo Paulo Skaf (presidente da Fiesp) e a Editora Sesi publicou. Ali eu conto as angústias e as boas práticas executadas. É um universo muito grande: são 5,4 mil escolas espalhadas por 645 cidades e com 4 milhões de alunos, obviamente haviam coisas boas e problemas, também. Ia às escolas sem avisar e ficava muito feliz quando encontrava a diretora na porta, recebendo a todos ali pelo nome, perguntando como estava a família, com palavras de carinho. Isso é milagroso, porque cria uma relação muito afetuosa. Na Secretaria de Educação, as maiores reivindicações que tínhamos dos pais eram a condução para o filho chegar até a escola e levá-lo de volta na porta de casa e que durante o período escolar ele tivesse uma alimentação manipulada, ou seja, um prato de comida feito por cozinheira. A merenda seca é muito mais cara que o prato de comida e ninguém gosta, por isso uma das coisas boas que consegui fazer foi o projeto “Cozinheiras da Educação”. A chef premiada Janaína Rueda foi aluna da escola pública e quis devolver tudo o que conquistou fazendo receitas fabulosas com os insumos recomendados pelas nutricionistas do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento Escolar) e as crianças passaram a comer mais. Ela passou a treinar as cozinheiras, primeiro com 200, depois 500 e passamos para 2 mil, o que foi um sucesso e deu muito orgulho. Como tudo o que ocorre no Brasil, quando sai o patrocinador da ideia, se acaba com a iniciativa. Acabou também o (programa) Adoção Afetiva, que foi algo muito legal pois fazia com que entidades, empresas, igrejas, clubes, bancos adotassem afetivamente uma escola. Há muita coisa a ser feita na educação, mas quando os pais convivem no ambiente escolar, tudo funciona melhor. Nos Estados Unidos, os pais consertam as escolas, pintam, trocam torneira e limpam o jardim. Se aqui no Brasil você fizer como no Japão, que as crianças limpam a escola, os pais vão dizer que isso é obrigação do governo.

roda viva

Nalini, em 2015, participando do programa Roda Viva, da TV Cultura (Foto: Arquivo Pessoal)

Tribuna – A Justiça tem sido alvo de constantes ataques e agora tivemos a decisão do STF de declarar o juiz Sérgio Moro parcial no caso envolvendo o ex-presidente Lula. É um momento crítico para o Judiciário nacional?

Nalini – Eu estudei a vida inteira o Judiciário. Minha dissertação de mestrado é sobre recrutamento e preparo de magistrados, na USP. Minha tese de Doutorado é sobre perspectivas do juiz e do Judiciário no limiar do século XXI, que publiquei como livro chamado “A rebelião da toga”. É o meu material de reflexão. O que penso é que o STF começou a se equivocar, primeiro quando passou a ter 11 Supremos e não um só. Cada ministro se considera o dono da verdade, o senhor absoluto e dono da razão. Isso é ruim porque o Supremo deveria ser um colegiado. O segundo equívoco é o excesso de exposição, ou seja, a gravação da TV Justiça. A gravação das sessões é algo que não existe no resto do mundo. Nenhuma Suprema Corte permite a gravação dos julgamentos, porque os ministros brasileiros passaram a ser atores, fazendo impostação de voz. Lembro que quando havia uma só ministra, ela dizia que tinha de fazer maquiagem antes das sessões, por causa da TV. Tudo isso coloca o STF numa posição que passa a ser alvo de críticas. As crianças não conseguem mais guardar os nomes dos 11 jogadores da Seleção Brasileira, porque a maioria joga fora do país, mas elas sabem escalar a seleção do Supremo e é para xingar. Os ministros colhem esse excesso de exposição. Conheci o mundo inteiro graças à magistratura, para estudar e trazer esses conhecimentos para o Brasil. A Suprema Corte japonesa se reúne a portas fechadas, produz um acórdão sintético, com duas ou três folhas, sem o nome de ninguém, sem voto vencido nem nada. Os Supremos dos Estados Unidos, da França, da Alemanha também são assim. A gente conhece os nomes dos ministros destes países? Aqui no Brasil as pessoas falam sem a menor cerimônia os nomes dos ministros! Mas não é só defeito, também. A Constituição do Brasil é uma das maiores e mais analíticas do mundo inteiro. Só perde para a da Indonésia, que tem mais artigos que a nossa. Nós queremos cuidar de tudo e quando tudo se transforma em matéria constitucional, temos o demandismo. Ou seja, o hobby do brasileiro não é mais futebol… hoje é processar! Ou você está processando ou está sendo processado. Aí o Supremo é chamado toda hora a intervir naquela bola dividida que o Parlamento não enfrenta. O Legislativo não quer saber de enfrentar questões como o casamento homossexual, família poliafetiva, Lei de Imprensa, anencéfalos, eutanásia… fica cuidando só de política. Temos um Parlamento Pilatos, que só lava as mãos. Vejo também o Parlamento brasileiro como o novo feudalismo: os senhores feudais eram representantes de setores fortes e que tinham, às vezes, mais poder até do que o rei. No Legislativo, temos as bancadas temáticas: cada setor elege os seus representantes, que não têm compromisso com o bem comum, com o interesse coletivo, apenas com quem os elegeu. Por isso a lei é cada vez mais ambígua, cada vez mais falha e defeituosa. O Brasil é o único país no mundo que tem “lei que não pega” e que tem os “jabutis e as jabuticabas”: a lei fala uma coisa, mas tem um artigo lá que não tem nada a ver porque foi fruto de um compromisso entre os deputados para ser aprovada. E depois quem é que vai aplicar essa lei? O Judiciário, que é obrigado a enfrentar aquilo que o Parlamento não enfrentou. Por isso que não dá para dizer que o Judiciário está invadindo esfera. Está invadindo o vácuo: quando um poder se omite, o outro ocupa.

“Ou seja, o hobby do brasileiro não é mais futebol… hoje é processar! Ou você está processando ou está sendo processado. Aí o Supremo é chamado toda hora a intervir naquela bola dividida que o Parlamento não enfrenta. O Legislativo não quer saber de enfrentar questões como o casamento homossexual, família poliafetiva, Lei de Imprensa, anencéfalos, eutanásia… fica cuidando só de política. Temos um Parlamento Pilatos, que só lava as mãos”.

Tribuna – O senhor já passou pelos mais altos cargos dentro dos poderes Executivo e Judiciário. Sente-se realizado ou ainda falta alguma coisa?

Nalini – Tenho muito mais do que mereço. Sou muito grato à providência divina, tenho fé, crença e seria ignorante se não acreditasse que há algo maior em tudo isso. Sou muito feliz pelo que consegui. Renunciei à magistratura, que era a minha vocação, onde fui extremamente feliz, para trabalhar sem salário numa secretaria tumultuada. O governador (Geraldo Alckmin) veio diversas vezes à minha casa pedir para que assumisse, porque naquela época tinha 300 escolas invadidas por causa da reorganização que não foi bem traduzida, a comunicação foi falha, e as pessoas achavam que ia fechar escola. Depois tinha a máfia da merenda, uma situação terrível… Poderia ter ficado na magistratura até dia 24 de dezembro de 2020 e renunciei em janeiro de 2016 com dor no coração, mas para tentar devolver à sociedade tudo o ela investiu em mim. Sou fruto da generosidade, de muitas pessoas, pois ninguém chega sozinho em lugar algum. Fui muito feliz no Ministério Público, na magistratura, assim também como secretário do Walmor (Barbosa Martins, prefeito de Jundiaí nas décadas de 1970 e 1980), que me deu a chance de conhecer melhor a minha cidade e fazer algo por ela. Eu não tenho queixa nenhuma, mas tem sempre de pensar que pode fazer algo a mais, senão é só esperar e morrer. Por isso estou dando aula, orientando alunos da pós-graduação. Hoje tive aulas com 27 alunos que são procuradores, desembargadores, pessoas extremamente gabaritadas com as quais eu aprendo. Estou escrevendo bastante, este ano ainda devo lançar mais quatro livros. Essa é a minha vida.

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Com Lygia Fagundes Telles, escritora considerada a “dama da literatura brasileira” (Foto: Arquivo Pessoal)

Tribuna – Raio X: quem é José Renato Nalini?

Nalini – Sou jundiaiense, tenho 75 anos, filho de Benedita Barbosa Nalini e Batista Nalini. Tenho as melhores recordações da minha infância e juventude em Jundiaí, da minha família, dos meus amigos. Rezo muito por todos, porque a maioria já se foi. Fui aluno da Escola Paroquial Francisco Telles e depois do Ginásio e Colégio Divino Salvador. Comecei a escrever desde cedo porque ganhei da mãe, aos 9 anos, uma máquina de escrever Olivetti. Passei pela escola de datilografia da dona Amélia Lima Lopes, na rua Rangel Pestana, e para treinar fui trabalhar em um jornal. Primeiro na Folha de Jundiaí e, depois, no Jornal de Jundiaí, onde estou até hoje com dois artigos semanais. Fui funcionário da Companhia Paulista de Estradas de Ferro quando era realmente modelo para o Brasil e o mundo, até que o governo tomou conta dela e virou uma empresa de reclamação trabalhista. Fui secretário do prefeito Walmor Barbosa Martins, aprendi muito e ingressei no Ministério Público, em 1973. Fui promotor até 1976 e entrei na magistratura, tudo por concurso público, de provas e títulos, sem ter nenhum parente nas duas instituições. Permaneci na magistratura até atender à convocação do governador Geraldo Alckmin para ser secretário de Educação. Sou presidente da Academia Paulista de Letras pela quarta vez. Nesse período me casei com a Maria Luiza, tive quatro filhos: João Batista, José Renato, Ana Beatriz e Ana Rosa. Hoje eu tenho oito netos, que são a minha razão de viver, e vou ser enterrado em Jundiaí, no túmulo onde estão os meus pais e o meu irmão caçula, João Renê, que morreu em 1989. Mas eu não tenho pressa!

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