O professor Alessandro Tosim, de Jundiaí, treina a seleção brasileira de goalball – esporte adaptado para deficientes visuais -, desde 2009 e já garantiu vários títulos para a equipe bicampeã mundial e tricampeã dos Jogos Parapan-Americanos. 

O goalball é um jogo praticado por atletas que possuem deficiência visual, a partida tem como objetivo arremessar uma bola com as mãos no gol adversário.

Em entrevista ao Tribuna de Jundiaí, Tosim diz que é uma “é uma honra poder representar o Brasil em competições internacionais”. Ele tem doutorado em Educação Física pela UNICAMP (Universidade Estadual de Campinas), com especialização em atividades motoras adaptadas. 

Confira a entrevista completa:

Tribuna de Jundiaí: Quantos títulos vocês já conquistaram?

Alessandro Tosim: Somos bicampeões mundiais, com medalhas de prata nos Jogos Paralímpicos de Londres e bronze nos Jogos Paralímpicos do Rio, e tricampeões dos Jogos Parapan-Americanos.

Tribuna de Jundiaí: Como é a procura pelo esporte? Você acredita que os esportes paralímpicos ganhou mais visibilidade?

Alessandro Tosim: O goalball é a modalidade esportiva mais praticada por pessoas com deficiência visual no mundo. Em virtude do Comitê Paralímpico Brasileiro e a Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais serem referências administrativistas, proporcionam fases de treinamento e competições internacionais, assim, temos uma comissão técnica exemplar, que faz com que a modalidade se desenvolva e seja referência mundial, chamando atenção midiática.

Tribuna de Jundiaí: Como o goalball influência na vida dos atletas?

Alessandro Tosim: O esporte influencia de diversas formas a pessoa com deficiência, sendo uma das melhores possibilidades de inclusão, além de possibilitar funcionalidades que muitas vezes não faz parte do dia a dia destes atletas.

Tribuna de Jundiaí: Quais são os planos para a seleção brasileira no futuro?

Alessandro Tosim: Para o próximo ano, estamos trabalhando arduamente para a conquista da medalha de ouro nos Jogos Paralímpicos de Tokyo. A competição será muito difícil, mas temos atletas do mais alto nível, que estão muito focados para a competição.