Nesta semana, uma das pessoas mais importantes do Hospital Universitário de Jundiaí (HU) fez aniversário de “firma” e nós do Tribuna de Jundiaí foi bater um papo gostoso sobre “doação de amor, carinho e histórias”.

Tatiane Keller, coordenadora do voluntariado do hospital, conta que nesta década a unidade ficou repleta de emoções, alegrias e surpresa, sempre visando o bem-estar do paciente.

“Sinto muito orgulho em trabalhar com voluntários que deixam seus afazeres para se dedicar ao próximo, com palavras de conforto, sorrisos, brincadeiras, histórias, amor e carinho. O voluntário é sinônimo de empatia”.

Leia a entrevista completa a seguir:

Tribuna de Jundiaí: Quando você decidiu fazer parte do voluntariado do HU?

Tatiane Keller: Entrei na coordenação do voluntariado há 2 anos, após um convite realizado pela diretoria. No entanto, estou no Serviço Auxiliar de Diagnóstico e Terapia (SADT) do HU desde 2010, onde compartilho meu tempo entre ser coordenadora do voluntariado e supervisora do SADT.

TJ: Como é ser coordenadora de algo tão importante? Como é a sua rotina? Quais desafios?

TK: Trabalhar em um hospital materno infantil é muito especial, ainda mais quando coordenando vários ‘bons corações’, como faço questão de intitulá-los. Meu maior desafio é conciliar a parte burocrática do voluntariado e as ações em si, pois todos os 300 voluntários devem estar em ordem com o hospital, como por exemplo: documentação, crachá, capacitação.

TJ: Você tem alguma experiência que te marcou? Emocionante?

TK: Uma das ações mais importantes e emocionantes foi o aniversário de 15 anos da paciente Ingrid Gonçalves Euzeio, que estava internada há 1 ano. Todos os voluntários ajudaram a fazer uma festa de para ela, cada um doou o que podia, como decoração, roupa, sapato e alimentação ficou por conta do hospital, já que a mesma tinha restrição alimentar. A festa foi na brinquedoteca do HU e recheada de emoção!

Ingrid ganhou uma festa de 15 anos repleta de emoções (Foto: Arquivo Pessoal)

TJ: Quais ações você desenvolveu nesta década?

TK: Implantei a cãoterapia, com os cães Apollo e Black da Guarda Municipal de Jundiaí (GMJ), musicaterapia com o violinista Valdiner Rossi, Certificado de Coragem e festas comemorativas, como Carnaval, Páscoa, Festa Junina, Dia das Crianças e Natal, com doações de brinquedos para a garotada.

No ano passado, os pacientes se divertiram na quermesse organizada pelo voluntariado (Foto: Arquivo Pessoal)

TJ: Para pessoas que desejam fazer trabalhos voluntários, o que você recomendaria? Existe algum pré-requisito?

TK: Recomendo que todos façam a experiência em se doar um pouco ao próximo, não precisa ser financeiramente, doar um pouco do seu tempo, do amor, do sorriso, nós achamos que estamos fazendo o bem ao próximo, mas no final estamos fazendo bem a nós mesmos!

Atualmente, 18 grupos com 300 voluntários fazem parte do voluntariado do HU (Foto: Arquivo Pessoal)