Faltando 100 metros para chegada, moradores de rua param para ajudar corredora caída
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Faltando 100 metros para chegada, moradores de rua param para ajudar corredora caída

Corredora havia passado mal e estava caída no chão; eles pararam para ajudá-la, a levantaram e ajudaram a cruzar a linha de chegada

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Moradores em sitação de rua praticantes de corrida cruzando linha de chegada com corredora apoiada em seus braços
Johnny e Zé Roberto levaram Letícia carregada (Foto: Reprodução/Facebook)

Dois moradores em situação de rua, usuários da SOS Casa de Passagem, em Jundiaí, deram show de humanidade e gentileza durante a Corrida Circuito do Bem – Ideal 5k, do Projeto Atletas das Ruas: faltando 100 metros para a linha de chegada, eles pararam para socorrer uma corredora que passava mal e a levaram até a linha de chegada.

A corredora, Letícia Mizukami, foi desclassificada. Um dos que a ajudaram, o José Roberto Pereira Leite, mais conhecido como Zé Roberto, ficou em 4° na sua categoria por diferença de segundos. Johnny Pereira Vasques também parou sua corrida para prestar ajuda.

“Não é o ganhar, mas sim o participar, só de estar la competindo já está valendo muito a pena. E eu me senti bem, me senti contente de ter ajudado uma pessoa que tava ali na necessidade no momento. Não importa se ganhamos ou perdemos, o que importa é que eu ajudei uma pessoa que ta sempre ali correndo com a gente”, disse Johnny.

“Eu vi que ela estava cansada, aí eu pensei: ‘Ah, não vou querer ganhar troféu e deixar ela cair.’ Aí ajudei a carregar ela. Ganhar a gente ganha na próxima. Me senti mais vencedor de ter ajudado”, complementou Zé Roberto.

A corredora Letícia contou que, naquele momento, sentiu suas pernas travarem, fazendo com que ela caísse no chão. E, mesmo faltando tão pouco, não conseguia levantar para continuar, já que sua pressão arterial estava baixa.

“Então esses atletas, Zé e Johnny, me levantaram e me ajudaram a cruzar a linha de chegada. Apesar de ter ficado muito frustrada no momento por não ter conquistado o primeiro lugar por tão pouco, esse ocorrido me mostrou que ainda existe empatia no mundo, e que ainda há pessoas generosas que, mesmo com suas próprias dificuldades na vida, são capazes de colocar o próximo antes de si mesmos”, afirmou.

Para ela, essa situação a fez refletir muito. “Muitas vezes, aqueles que menos tem são os que mais estão dispostos a serem solidários com o próximo”, continuou.

A Casa de Passagem e o Projeto Atleta das Ruas

A Casa de Passagem, segundo sua tipificação, atende pessoas em situação de rua que apresentem objetivo concreto e a curto prazo, tais como restabelecimento de vínculo familiar, reinserção no mercado de trabalho, retorno para cidade de origem, entre outros.

Desta forma, o usuário é encaminhado de acordo com seus objetivos e é estabelecido um prazo para que este apresente resultados, durante o qual é realizado o acompanhamento pela equipe técnica.

Dentre as ações realizadas está o Projeto Atletas das Ruas, que propõe a prática a prática esportiva da corrida de rua como uma aliada no resgate da condição dos usuários da Casa de Passagem enquanto seres humanos biopsicossociais, compreendendo que a corrida é um esporte que encoraja conquistas pessoais e alcance de metas, além de melhorar significativamente a qualidade de vida.

“A corrida de rua oferece não somente o desenvolvimento físico, sendo notórios também os ganhos sociais, dentre eles: trabalho em equipe, respeito as regras, rotina, socialização de forma saudável, contingências de reforço positivo e tolerância a frustração”, afirmou Melina Nucci, terapeuta ocupacional da SOS.

Tendo em vista estes e outros benefícios, a entidade realiza treinos semanais com o auxílio de atletas voluntários, com inclusão dos usuários em eventos de provas de corrida com o apoio das organizações, que realizam a doação dos kits para os participantes. O projeto fornece todo o aparato necessário, como camiseta da equipe, shorts, meias e tênis. Nesta corrida em específico, a organização cedeu algumas inscrições para os atletas do projeto da SOS.

E, sendo assim, Johnny e Zé Roberto foram um dos usuários da casa participantes. “Fiquei muito emocionada com a atitude dos meninos. Ambos já estão em nosso projeto faz tempo e, conhecendo o perfil de cada um, eu não esperava menos deles. São pessoas extremamente solidárias e empáticas, e com essa atitude, só demonstraram que estamos alcançando nossos objetivos com esse projeto, promovendo o convívio saudável e a inclusão nessa sociedade da qual também eles fazem parte”, finalizou Melina.

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