Antonio Augustto, 23 anos, tem um percurso notável no flag football, modalidade esportiva derivada do futebol americano. Completando 24 anos neste mês de novembro, o jovem se destaca pelo empenho e determinação de levar o flag football a novos patamares e representar o Brasil em competições internacionais. Em entrevista ao Tribuna de Jundiaí, Antonio compartilhou sua trajetória, suas metas e o que o motiva a seguir adiante.

Início no flag football

Antonio começou sua jornada no flag football em 2016, em Jundiaí, sua cidade natal, através do projeto Jundiaí Flag Football. Ele relembra a experiência inicial. “Eu comecei a praticar flag football em 2016 através deste projeto, aqui na nossa cidade. Era um projeto mais recreativo, composto principalmente por colegas de sala de aula e amigos da escola. Embora participássemos de pequenas competições, o foco era mais na diversão do que na competição.”

Por dois anos, Antonio integrou o projeto até sofrer uma lesão em 2017, o que o levou a interromper a prática temporariamente. “Participei desse projeto de 2016 até 2017, quando sofri uma lesão e decidi dar uma pausa no esporte,” relembra. Em 2018, Antonio voltou a jogar e, em 2021, mudou sua mentalidade em relação ao esporte. “Decidi dar prioridade ao esporte, me dedicar completamente e investir nessa trajetória.”

Após o retorno ao flag football, Antonio buscou novas oportunidades, pois o projeto em Jundiaí não existia mais. “Quando voltei, o projeto em Jundiaí já não existia mais, então fui para Sorocaba, e depois para a Grande São Paulo, até chegar na minha equipe atual, o Flag Kings, do Rio de Janeiro,” conta.

Com o Flag Kings, Antonio e sua equipe conquistaram o título brasileiro, fazendo história com uma campanha invicta e um saldo de pontos impressionante. “Conseguimos uma campanha histórica, conquistando o título brasileiro com uma campanha invicta e um dos melhores saldos de pontos já registrados no campeonato.”

O Segredo do sucesso é a união e o treinamento intenso

A trajetória vitoriosa do Flag Kings foi construída com muito comprometimento e trabalho em equipe. “Desde o primeiro treino do ano, fechamos um compromisso em conjunto, com todos focados no mesmo sonho: sermos campeões brasileiros. Esse espírito de união trouxe uma intensidade e uma entrega muito altas aos treinos, o que ajudou cada atleta a evoluir continuamente,” explica.

Segundo Antonio, a equipe é composta por atletas talentosos e focados, que se esforçam para o bem coletivo. “Temos jogadores excepcionais, com alguns dos melhores atletas em suas posições no Brasil, e conseguimos unir essas habilidades individuais para formar um coletivo sólido e eficiente.”

O impacto do flag football e o crescimento do esporte no Brasil

Além do sucesso individual, Antonio acredita que o flag football oferece grandes benefícios à saúde física e mental, promovendo socialização e habilidades importantes, principalmente para crianças. “O flag football, assim como outros esportes coletivos, traz muitos benefícios, como ganhos para a saúde física e mental, além de promover socialização,” observa.

Com o esporte ganhando espaço e visibilidade, Antonio se mostra esperançoso com o futuro. “Hoje, o flag enfrenta desafios similares aos de outros esportes com pouca visibilidade e investimento. No entanto, há um potencial enorme para crescimento, especialmente porque o flag football será uma modalidade olímpica em 2028,” aponta.

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De Jundiaí ao palco mundial

Antonio traça suas metas em etapas. Para o curto prazo, ele destaca o objetivo de conquistar o bicampeonato mineiro em dezembro. A médio prazo, deseja disputar o campeonato brasileiro novamente e se destacar entre os melhores do país.

No longo prazo, o atleta sonha em competir internacionalmente e representar o Brasil. “A longo prazo, meu sonho é competir representando o Brasil, seja em um campeonato mundial ou até mesmo nas Olimpíadas,” revela. “Sempre que entro em um campeonato, levo comigo o desejo de representar minha cidade e todas as pessoas que cruzaram meu caminho. É o que tento expressar no meu slogan, ‘alcance o impossível’.”

Além disso, para Antonio, o esporte é muito mais do que um meio de competição; é uma forma de impactar vidas e inspirar outras pessoas. “Quando carregamos um nome no uniforme, seja de uma empresa, uma equipe ou uma cidade, estamos representando mais do que um nome; estamos levando uma mensagem,” diz.

Ele busca mostrar, com seu exemplo, que é possível conquistar o impossível através de trabalho e dedicação. “O impacto que quero causar na vida das pessoas deve ser sempre positivo. Então, busco mostrar a elas que o impossível pode se tornar possível, desde que trabalhem duro e sejam fiéis ao se dedicarem.”

Para Antonio, o futuro do flag football e dos atletas depende de maior visibilidade e apoio. “O desenvolvimento e a visibilidade do esporte podem vir de muitas formas, seja com apoio financeiro, engajamento nas redes sociais ou qualquer tipo de participação,” finaliza.