Quando Betsy O’Neill recebeu uma notificação no Facebook sobre uma família de gatos precisando de resgate no verão de 2022, parecia mais uma das muitas missões que já realizara. Professora em tempo integral e voluntária experiente, Betsy resgatava gatos há mais de dez anos. Dessa forma, pedidos de ajuda como aquele não eram novidade para ela.

Ao capturar a mãe gata, uma ninhada de gatinhos de seis semanas e dois outros gatos que mais tarde foram chamados Padmé e Aayla, Betsy notou que aquele resgate era diferente dos demais. Seu filho, Reilly, se conectou instantaneamente com Padmé. “Recentemente, perdemos nossa gata, Leia, e Reilly se apaixonou por Padmé porque adorou sua coloração [pastel]”, contou Betsy ao The Dodo. “É claro que ele nos convenceu a levar dois, então escolhemos Padmé e sua irmã, que tinha um coração no nariz!”

Após o resgate, todos os gatos foram levados à Sociedade de Bem-Estar Animal, onde foram monitorados. Assim que receberam alta, os O’Neill adotaram Padmé e Aayla, e as duas gatinhas logo revelaram personalidades distintas. Aayla era calma, enquanto Padmé se destacou como a “criança selvagem” da casa, garantindo momentos de diversão e travessuras.

O gato mais agitado rapidamente criou laços com Reilly. “Quando Reilly chegava do trabalho, ela ouvia a voz dele e saía correndo de seu esconderijo para a cozinha”, relatou Betsy. “Padmé adorava sentar-se com Reilly quando ele estava no computador e se aconchegava conosco quando assistíamos à TV.”

Quando não estava envolvido nas brincadeiras intensas com sua irmã ou observando os pássaros pela janela, o gato apreciava a companhia do jovem. Mas foi esse mesmo amor por Reilly que levou Padmé a uma situação arriscada.

A fuga inesperada do gato da família

Em 2024, dois anos após o resgate inicial, Reilly decidiu levar Padmé para um passeio ao ar livre, usando uma coleira e guia. Contudo, o gato se assustou, escapou e correu para longe. Reilly ficou desolado, e Betsy rapidamente acionou todos os métodos que conhecia para reencontrar gatos perdidos.

“Fizemos tudo o que era possível! A primeira coisa que fizemos foi mover as câmeras para diferentes áreas do quintal e instalar a câmera de trilha. Publiquei no Facebook, fiz mais de 100 panfletos, pendurei em um raio de um quilômetro, bati de porta em porta em vários bairros.”

O retorno após 40 dias de espera

Após 40 dias de busca incansável e de monitoramento das câmeras, um movimento captado na câmera da garagem trouxe uma nova esperança. Reilly notou que Padmé estava se aproximando lentamente da armadilha que ele havia montado.

“Ele estava observando a armadilha e notou que Padmé se movia MUITO lentamente em direção a ela. Reilly disse que parecia uma tortura vê-la caminhar lentamente em direção à armadilha.”

Quando o gatinho finalmente entrou na armadilha, Reilly conseguiu fechá-la. Ele chamou a mãe imediatamente, e juntos comemoraram com abraços emocionados e lágrimas de alívio.

Logo após ser resgatada, Padmé foi colocada em uma gaiola para esperar o horário de atendimento da clínica veterinária. Apesar de estressado e com uma nova voz rouca, o gato se acalmou ao reencontrar sua amiga canina, Maizie. No dia seguinte, Padmé recebeu um atestado de saúde e voltou para casa, onde finalmente pôde relaxar.