
Em dois dias, o Cras da Mata Ciliar recebeu dois animais que arriscaram suas vidas e ficaram presos em armadilhas de cola para ratos.
Na quarta-feira (8), um munícipe de Jundiaí levou à associação um gavião-carijó, depois de encontrá-lo preso na armadilha. O gavião estava com o corpo repleto de cola e sem conseguir realizar suas atividades naturais, como voar.

Já na quinta (9), resgataram uma maritaca em Bragança Paulista, que também estava com o corpo comprometido por cola de armadilha.
De acordo com a Mata Ciliar, o gavião-carijó tinha cola por todo o corpo e não conseguia ficar em pé ou abrir as asas. Dessa forma, os profissionais iniciaram um tratamento de limpeza, com várias sessões.” Atualmente, em que estamos no final do processo e o animal não apresenta alterações clínicas ou comportamentais, ele logo será encaminhado para a reabilitação”, explica Júlia Freitas, médica veterinária da Mata Ciliar.
A maritaca também passou pelo procedimento de limpeza. “Porém, ela havia chegado com as penas arrancadas, ou seja, a cola presa nas penas fez com que o animal se estressasse e fizesse essa automutilação para tentar aliviar, causando uma inflamação na pele. Então, além da limpeza, estamos aplicando um tratamento com medicação também”, pontua a especialista.

“Alimentos fáceis” deixados por humanos, como descarte irregular de lixo, atraem muitos animais que acabam sendo taxados como pragas. Assim, pessoas adotam medidas para afastar ou exterminar essas espécies, como o uso das armadilhas, que prejudicam toda a biodiversidade local.
Os municípios de Jundiaí e Bragança Paulista possuem parceria com a Mata Ciliar, que contribuem para o recebimento e reabilitação de animais silvestres.
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