Jorge Mario Bergoglio, o papa Francisco, morreu nesta segunda-feira (21) aos 88 anos. Ele foi o 266º líder da Igreja Católica e marcou a história por seu perfil carismático, estilo de vida simples e por liderar reformas significativas na estrutura do Vaticano. Argentino nascido em Buenos Aires, foi o primeiro papa latino-americano e também o primeiro jesuíta e o primeiro a assumir o papado após uma renúncia na era moderna.
Francisco foi eleito em 13 de março de 2013, após a renúncia de Bento XVI. Durante quase 12 anos, comandou a Igreja em um dos períodos mais desafiadores de sua história recente, enfrentando escândalos de abuso, queda no número de fiéis e críticas de alas conservadoras.
Nascido em 17 de dezembro de 1936, em Buenos Aires, Francisco era filho de imigrantes italianos que chegaram à Argentina em 1929. Antes da vida religiosa, Bergoglio formou-se técnico químico e atuou como professor de Literatura e Psicologia.
Em 1958, entrou no noviciado da Companhia de Jesus. Estudou humanidades no Chile, teologia na Argentina e foi ordenado sacerdote em 13 de dezembro de 1969. Anos mais tarde, liderava os jesuítas no país, sendo reitor da Faculdade de Filosofia e Teologia de San Miguel entre 1980 e 1986.
Em 1992, foi nomeado bispo auxiliar de Buenos Aires. Passou a arcebispo titular da capital argentina em 1997 e tornou-se cardeal em 2001, nomeado por João Paulo II. Foi presidente da Conferência Episcopal Argentina entre 2005 e 2011.
Uma liderança marcada por reformas e acolhimento
Francisco assumiu o papado com a missão de recuperar a imagem da Igreja Católica, abalada por escândalos e pela perda de credibilidade. Logo em seu primeiro discurso, explicou a escolha do nome Francisco, inspirado por São Francisco de Assis e incentivado pelo cardeal brasileiro Dom Cláudio Hummes. “Não se esqueça dos pobres”, teria dito o cardeal, dando inspiração à sua trajetória como papa.
Com o lema “Miserando atque eligendo” — “Olhou-o com misericórdia e o escolheu” —, Francisco começou uma gestão voltada para os marginalizados, os refugiados e os mais pobres. Transformando as estruturas administrativas da Cúria Romana e adotando novas medidas de austeridade financeira, fechando contas suspeitas no banco do Vaticano e buscando mais transparência.
Especialistas o classificam como um reformador que tentou aproximar a Igreja do mundo moderno. Mesmo sem mudanças profundas na doutrina — como ordenar mulheres ou padres casados —, Francisco foi visto como uma voz progressista. Ele defendia que a Igreja fosse um espaço de acolhimento e não de julgamento. “Hospital de campanha, não um posto alfandegário”, como gostava de dizer.
Diálogo com os tempos atuais
Francisco foi o primeiro papa a convidar um transexual ao Vaticano e incentivou o acolhimento de fiéis LGBTQIA+. Em 2024, causou polêmica ao afirmar que havia “bichice demais” nos seminários, declaração pela qual pediu desculpas dias depois.
Entre as iniciativas mais elogiadas, estão a permissão para que padres abençoassem casais do mesmo sexo e o incentivo à participação feminina em instâncias decisórias da Igreja. Mulheres puderam votar no Sínodo dos Bispos durante seu pontificado — algo inédito. No entanto, foi criticado por não avançar na ordenação de mulheres como sacerdotes.
Francisco também não se eximiu de criticar líderes políticos e instituições globais. Posicionou-se contra guerras e em defesa de imigrantes, chegando a criticar publicamente figuras como Vladimir Putin e Benjamin Netanyahu, além de entidades como a União Europeia e os Estados Unidos.
Saúde fragilizada nos últimos meses
Em fevereiro deste ano, o papa apresentou um quadro de bronquite e passou a ter dificuldades respiratórias. Internado, foi diagnosticado com uma infecção polimicrobiana e, posteriormente, com pneumonia bilateral. Após mais de um mês, teve alta e retomou algumas atividades, chegando a participar das celebrações da Páscoa.
Mesmo com a saúde fragilizada, Francisco permaneceu ativo até seus últimos dias. Sua morte marca o fim de um pontificado que buscou conciliar tradição e renovação, sempre com foco na empatia, na humildade e no serviço aos mais necessitados.
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