Ante a desaceleração da economia nacional no terceiro trimestre, conforme anunciou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta terça-feira (5), Rafael Cervone, presidente do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP), salientou a necessidade de adotar medidas para dinamizar e tornar mais expressivo o crescimento do PIB. No período, o avanço foi de apenas 0,1% em relação aos três meses anteriores, quando a expansão havia sido de 1%.
“Uma das providências importantes é o lançamento, ainda em dezembro, do Programa de Depreciação Imediata, destinado à renovação de máquinas e equipamentos da indústria”, frisou Cervone, explicando: “Não se trata de renúncia fiscal, mas sim do adiamento das cobranças da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ). Os países desenvolvidos utilizam de modo amplo esse tipo de ferramenta, que estimula investimentos, gera empregos e impulsiona a economia”.
O presidente do CIESP, citando experiências de outras nações, que só conseguiram aumentar o PIB de modo robusto por períodos longos ao promoverem o fomento do parque fabril, afirmou ser necessário implementar a chamada neoindustrialização brasileira, segundo plano anunciado em maio último pelo governo. “Um dos pontos mais relevantes, sem dúvida, é a Depreciação Imediata”, frisou, enfatizando que o setor cresceu somente 0,6% no terceiro trimestre.
Além disso, Cervone citou a premência de uma redução mais acentuada dos juros. A Selic de 12,25% ainda está muito elevada, dificultando as compras de bens e serviços e desestimulando o consumo. Para ele, seria importante um corte maior da taxa na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) este ano, dias 12 e 13 próximos. Outro fator determinante: a conclusão da reforma tributária sobre o consumo e sua regulamentação, na qual estabelecem as alíquotas da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS).
“Porém, é preciso reduzir as exceções e incentivos introduzidos durante a tramitação da matéria, pois isso está aumentando as projeções da taxação para mais de 27%, um índice exagerado”, ponderou o presidente do CIESP. “Não podemos seguir postergando medidas fundamentais para o crescimento sustentado. Se olharmos para a edição mais recente do Boletim Focus do Banco Central, de ontem (4/12), veremos que a expectativa do mercado é de que o PIB cresça somente 1,5% em 2024. É muito pouco para um país com mais de 200 milhões de habitantes, com índice elevado de desemprego e todo o potencial do Brasil”, concluiu Rafael Cervone.
Nas últimas décadas Jundiaí tem se destacado pela adoção de medidas inovadoras, algumas posteriormente incorporadas por diversas cidades brasileiras. Dois exemplos emblemáticos desse pioneirismo são a implantação do sistema de cotas para a população negra nos concursos públicos municipais, em 2002, e o desenvolvimento, no mesmo ano, da plataforma Compra Aberta para contratação de fornecedores. O Compra Aberta ilustra essa afirmação. Até…
O Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) tem desempenhado papel relevante na defesa dos interesses das empresas associadas e do setor. Nesse sentido, uma de suas principais frentes de atuação refere-se à luta pela segurança jurídica, que tem resultados práticos diretos quanto a benefícios financeiros para as empresas. Por meio de ações coletivas, em distintas frentes, temos…
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