Com a derrocada do Império Soviético na última década do século passado, os Estados Unidos consolidou a sua hegemonia financeira, tecnológica, diplomática e bélica em todo o planeta, e com tanto poder passou a impor as suas estratégias de dominação, principalmente em países com alguma vantagem comparativa capaz de desenvolver competências suficientes para incomodar a sua confortável posição hegemônica. Fez uso do poder bélico para destruir ditadores insubordinados com a promessa de construir democracias prósperas, elevou diversas barreiras comerciais para proteger a economia doméstica, estruturaram agências de rating para apontar riscos nos títulos públicos e privados das demais nações e dessa maneira alinhar seus interesses.
A supremacia norte-americana tem na moeda o seu tentáculo mais poderoso, pois todas as relações comerciais, financeiras e até reservas estratégias das nações são executadas em dólar dos Estados Unidos da América, isso permite que o seu Banco Central emita moedas sem lastro e transfira os riscos para todas as praças do mundo. É necessário lembrar que os Títulos do Tesouro americano são livres de riscos segundo avaliação das suas poderosas agências de riscos.
Os movimentos geopolíticos vão acontecendo e asnações soberanas buscando diminuir as dependências e desestruturar o predomínio do gigante americano em suas estruturas. Uma nova ordem mundial começa a se desenhar sutilmentecom o avanço acelerado do desenvolvimento sócio econômico da China. Os EUA continuam gastando trilhões de dólares para manter bases militares estratégicas em vários pontos do globo e adiciona a essas despesas o financiamento de conflitos armados pelo mundo afora com o objetivo de garantir e manter aliados por intermédio da força.
A China há tempos que não se envolve em conflitos armados e adotou uma politica externa baseada no compartilhamento do desenvolvimento econômico. Tal estratégia tem provocado reações na Casa Branca, como boicotes a empresas, discriminação a cultura oriental e atuação direta da diplomacia juntos aos países vizinhos da China com intuito de estimular discórdias, além de usar seu aparato diplomático para pressionar as regiões que acenam para o país asiático. Esse método da discórdia foi adotado na Europa para seduzir a Rússia a invadir a Ucrânia e forçar as demais nações do continente a aumentar a demanda por bens de guerra da poderosa indústria bélica dos Estados Unidos, junto a essa dependência vem a necessidade de trocar o fornecedor petróleo e gás, obviamente mais um mercado para as petrolíferas do Texas.
Nesse tabuleiro geopolítico, outros estados soberanos precisam se posicionar, antes que sejam surpreendidos a entrar no jogo de maneira forçada e servir de bucha de canhão como é o caso daUcrânia na Europa, Síria no norte da África,Afeganistão e Arménia na Ásia. O Brasil vem marcando posição nesse movimento apesar dos protestos da imprensa irresponsável e corrupta. A visita de Lula a China já causou reações na Europa e EUA, pois já acionaram seus influentes meios de comunicação para tentar influenciar a opinião pública brasileira quanto a imprevisíveis riscos daaliança Sino-brasileira. A diplomacia brasileira tem um histórico positivo em mediar conflitos, mas isso não é o suficiente nesses deslocamentos brutos e temos que acionar outros instrumentos fortes para mediar negociações.
No entanto Luís Inácio deverá aproveitar esse embate de gigantes e barganhar para favorecer os brasileiros. Tem muita vantagem comparativa para negociar com a tríade rica e os sinais são positivos se levar em consideração os acordos firmados com a potência asiática em apenas três meses de governo. E sem perder tempo o governo americano nos premiou com um aporte de meio bilhão de dólares para o Fundo Amazônia, um importante estímulo para ajudar na construção de uma economia forte e diferenciada O “produto Brasil” está em exposição em todos os grandes mercados do mundo e apesar dos riscos que pairam sobre a República brasileira, os retornos podem compensar. É inegável a liderança do atual Chefe do Executivo, entretanto ele tem que ter a percepção da importância do país na configuração geopolítica para não entrar em atritos desnecessários com os mais fortes e sofrer com as reações.
Os artigos publicados pelos colunistas são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam necessariamente as ideias ou opiniões do Tribuna de Jundiaí.Everton Araújo é brasileiro, economista e professor.
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