Assis Chateaubriand esteve em Jundiaí para ajudar a formar pilotos de avião
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Assis Chateaubriand esteve em Jundiaí para ajudar a formar pilotos de avião

Ideia era conseguir apoio para conseguir doações de aviões e de materiais para construção de campos de pouso

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Assis
Reunião com Assis Chateaubriand em Jundiaí, com a presença do prefeito Manoel Aníbal Marcondes (Foto: Acervo Maurício Ferreira)

Durante a década de 1940, surgiu no Brasil uma campanha que visava a doação de aviões, dinheiro ou materiais que servissem para a compra ou construção das aeronaves, ampliação de hangares ou construção de campos de pouso – o que incentivou, posteriormente, a criação dos aeroclubes.

A Campanha Nacional da Aviação, ou CNA, como ficou conhecida – também chamada de “Campanha para Dar Asas à Juventude Brasileira” ou “Deem Asas ao Brasil” – foi organizada no governo de Getúlio Vargas e idealizada pelo empresário e jornalista Assis Chateaubriand, dono da da cadeia de jornais Diários Associados, e pelo senhor Joaquim Pedro Salgado Filho, então ministro da Guerra.

assis em Jundiaí

Imagem feita em Jundiaí durante a visita do empresário Assis Chateaubriand (Foto: Acervo Maurício Ferreira)

Um dos objetivos da CNA era consolidar a aviação civil no país. Também procurava, com a formação dos pilotos e constante movimentação no espaço aéreo brasileiro, monitorar sobrevoos de aviões inimigos ao nosso território, já que estávamos vivendo a Segunda Guerra Mundial.

Foi por esse motivo que Assis Chateaubriand esteve em Jundiaí, numa imagem que mostra várias pessoas em mesas, num banquete. Uma delas é o então prefeito Manoel Aníbal Marcondes.

A CNA terminou no início da década de 1950, após a doação de mais de mil aviões por todo o Brasil, além de aeroclubes dos países da América do Sul e de Portugal. Nosso país teve um acréscimo de mais de três mil pilotos civis e militares brevetados em aeroclubes.

Passamos, também, de uma quantidade inferior a 40 aeroclubes para cerca de 400 destas instituições espalhadas por todo o país.

Jundiaí

O Aeroclube de Jundiaí surgiu dia 2 de junho de 1941 – apenas dois anos depois da Segunda Guerra ter iniciado – exatamente onde está até hoje, mas naquela época com pista de terra batida e aviões conhecidos como “Teco-Teco”.

Muito antes disso, em 1911, foi fundado o Aeroclube do Brasil, no Rio de Janeiro, que teve como presidente de honra Alberto Santos Dumont.

Muitos pilotos ali formados, a partir de 1941, integraram a FEB (Força Expedicionária Brasileira) e estiveram na Itália, durante a Segunda Guerra Mundial. Com a vitória, o aeroclube continuou formando pilotos – mas apenas destinados à aviação civil.

Espero que tenha gostado! Obrigado por nos acompanhar nessa viagem no tempo e peço que ajude a preservar nossa história: envie fotos antigas e participe do grupo no Facebook.

Até a semana que vem!

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Clube 28 de Setembro carrega histórias de resistência e luta contra a discriminação racial em Jundiaí

Até hoje, o Clube 28 é referência de entretenimento, recreação e um marco na história negra de Jundiaí e do Brasil.

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Foto de antiga entrada do Clube 28 de Setembro, em Jundiaí
O nome do clube foi dado em homenagem à Lei do Ventre Livre, instituída em 28 de setembro de 1871 (Fotos: Acervo Maurício Ferreira)

Quem passa pela área central de Jundiaí já deve ter reparado naquele toldo preto, com o número 28 em vermelho e a sigla CBCRJ: Esse é o Clube 28 de Setembro. O centro cultural foi inaugurado no dia 1º de janeiro de 1895, a partir da iniciativa de um grupo de ferroviários negros, que se uniram para fundar uma agremiação…

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Mário Milani, o craque jundiaiense que ia aos treinos pilotando um avião

Apesar do destaque em grandes clubes brasileiros, a carreira dele não é muito conhecida. Por isso, prestamos essa homenagem

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Mário Milani
Jundiaiense era considerado um grande profissional do futebol, além de contabilista e também aviador (Fotos: Acervo Maurício Ferreira)

O termo "voar em campo", muito usado nas resenhas do futebol, nunca serviu tão bem para contar a história desse jundiaiense que brilhou em muitos gramados com a camisa de alguns dos principais clubes brasileiros. Estamos falando de Mário Milani, jogador de futebol e contabilista que aprendeu a pilotar avião para não perder tempo nas viagens de trem entre Jundiaí…

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Pipoqueiros marcaram época em Jundiaí: você conhece algum deles?

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Pipoqueiro Caxambu
Pipoqueiro na estrada de terra, no bairro Caxambu, na década de 1960: parte da história de Jundiaí (Foto: Acervo Maurício Ferreira)

Algumas profissões ou determinados tipos de trabalho estão cada vez mais difíceis de serem vistos por aí, não é? Nos anos 1980, quem nunca aproveitou para amolar a faca ou afiar a tesoura quando ouvia aquele tilintar da bicicleta passando pela rua? Com a chegada da tecnologia, muitas dessas funções passaram a ser feitas pelas pessoas em casa, mesmo, graças…

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Na Jundiaí de 1930, bombas de gasolina ficavam nas esquinas

Geralmente as bombas pertenciam a algum comércio próximo: você pagava e abastecia ali mesmo, na rua

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Tempo em que se podia abastecer os carros e caminhões sem a necessidade de um posto de combustíveis (Foto: Acervo Maurício Ferreira)

Você imagina o mundo, hoje, sem postos de combustíveis? A gente teve um exemplo claro disso quando houve a greve dos caminhoneiros, em 2018: ninguém conseguia abastecer e o país virou um caos, não é? Mas já houve uma época em que nem se pensava em ter estabelecimentos assim e a gasolina era vendida nas esquinas. Nessas duas imagens que…

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Meu amado avô Zeca: exemplo de cidadão a serviço da população

Era um homem com pouco estudo, muito trabalhador, detentor de espírito público e respeito pelo que pertencia ao povo

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Com meu avô e o primo Eduardo Massagardi (à direita) numa foto dos vários momentos juntos que passamos (Foto: Acervo Maurício Ferreira)

Nasci literalmente no interior da Prefeitura de Jundiaí, mais precisamente no Depósito Municipal que funcionou durante décadas na avenida Dr. Amadeu Ribeiro, no Anhangabaú, entre o Bolão e o Parque da Uva. Meu avô Zeca Ferreira e meu pai Ferreirinha (José Antônio) eram funcionários públicos e moravam nas casas da Prefeitura. Vim ao mundo, numa dessas moradias, pelas mãos de…

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