Você já pensou em largar tudo e fazer algo novo? Se jogar na estrada? Foi o que o campolimpense Marcos Henrique Koch, de 28 anos, e sua esposa, Natália Pinheiro Camargo Koch, de 26 anos, fizeram em 2017: eles abandonaram tudo e decidiram ir embora com o circo.
Em entrevista ao Tribuna de Jundiaí, Marcos conta que, quando surgiu a oportunidade de trabalhar para o ‘Circo dos Sonhos’, do ator global Marcos Frota, ele e a esposa estavam desempregados. Por meio de um primo, eles conseguiram um “bico” de panfletagem e divulgação de um mês no circo.
“Percebemos um acolhimento por parte da gerência e dos funcionários do circo que não era comum com alguns outros diaristas, que são os colaboradores contratados da cidade”, recorda o jovem.
Após este período, o circo ficou com um quarto vago e eles foram convidados a fazer parte da equipe. “Começamos a planejar como poderia ser essa aventura. Foi extremamente difícil sair do conforto de casa, abrir mão de nossos quartos e camas, banheiros e chuveiros para embarcar nessa nova etapa”, afirma Marcos.
Vida nova
Marcos conta que para ele está sendo uma experiência repleta de aprendizados. “Está sendo uma experiência muito rica em aprendizado, como, por exemplo, montar uma antena de TV, até aprender malabarismo com um amigo que fizemos aqui. O interessante é aprender a ser gente grande, longe da família, um pelo outro, literalmente, na saúde e na doença, na alegria e na tristeza”, completa.
A nova rotina trouxe um estilo de vida completamente diferente do que Marcos estava acostumado, mas ele afirma que foi fácil se adaptar e que a cada cidade é como se começasse tudo do zero novamente. Ele ainda diz que sua esposa está mais familiarizada, já que ela vem de uma família de artistas circenses e já até fez algumas apresentações no circo ‘Di Napoli’.
Ele ainda diz que o acolhimento dos colaboradores do circo foi imprescindível para sua adaptação. “O pessoal do circo nos recebeu de braços abertos. São todos muito festeiros, tem churrasco pelo menos três vezes na semana. Afinal, temos que ser todos muitos unidos para superar algumas adversidades do dia a dia, sempre todos nos ajudando”.
Atualmente, ele é bilheteiro, assistente de desmontagem e panfletagem. A esposa fica na portaria, recepção e panfletagem.
“Eu diria que é uma vida de viagens, de aprendizado, um lugar onde sua dedicação e comprometimento te levam longe neste meio. As pessoas ensinam o que sabem e querem aprender o que você sabe. É um estilo de vida simples, não há muitos luxos, mas é enriquecedora na questão pessoal. Todo mês é algo novo, trabalha-se muito, mas paga-se muito bem também!”, afirma Marcos.
