Mãe de Jundiaí faz emocionante relato de parto humanizado no HU

Mãe de Jundiaí faz emocionante relato de parto humanizado no HU

Após reportagem do Tribuna de Jundiaí, em que uma mãe elogiou a atuação de uma médica do Hospital Universitário (HU), a jundiaiense Francine Rigo, do Jardim Marambaia, enviou à redação um relato de parto humanizado emocionante que ocorreu no mesmo hospital.

Francine é mãe de duas crianças. O primeiro parto, traumatizante, fez ela não querer ter mais filhos. Descobrir que estava grávida novamente, mesmo utilizando anticoncepcional e preservativo, foi um baque. O sonho dela era ter um parto humanizado, muito diferente de como foi o primeiro.

"Fiquei 34 horas em indução, 4 horas em trabalho de parto ativo, com fortes contrações e expulsivo rápido, porém um médico gritou comigo, uma enfermeira subiu na minha barriga e empurrou e o obstetra me cortou muito. Peguei trauma e decidi não mais parir", contou sobre o primeiro parto. 

A segunda vez teve início no dia 19 de outubro deste ano, quando ela acordou se sentindo molhada e percebeu que a bolsa tinha estourado. Fez todos os preparativos e, no caminho do hospital, decidiu passar em uma gráfica, para imprimir um plano de parto, na expectativa de que desse certo.

"Cheguei no hospital com 3 cm (de dilatação). Esperaram 6 horas e nada de contração, colocaram um miso e depois outro e outro e assim por diante, de 6 em 6 horas. Chegavam mulheres, ganhavam seus bebês e eu continuava lá, mais de 24 horas em indução e eu não sentia absolutamente nada", relembrou.

"Aí comecei a chorar, me desesperei, me senti fraca, achei que teria de fazer uma cesárea. A médica viu, me abraçou, disse que cada corpo era um e para eu ser paciente. Um residente que estava colocando os misos me apoiava também, me pedia pacência", contou.

Francine, que chegou lá na sexta-feira, na madrugada de sábado para domingo já estava sem esperanças. Às 2h da manhã começaram as contrações, já na segunda noite sem dormir. Por volta das 5h30 da manhã ela pediu o toque: 4 cm e um pequeno avanço.

"Mais 10 minutos de contrações começo a gritar de dor. Chega a doutora: 7 cm de dilatação". Mais um pouco, 9 cm. "Pedi analgesia, comecei a gritar, chamar por Deus, dizia que não ia aguentar. Me levaram para a sala de parto. Ela me abraça, diz que sou forte, que meu plano de parto estava lindo, que já estava com 9 dedos e que seria rapidinho", emociona-se.

Depois da anestesia, pegaram o banquinho de parir. A médica perguntou que música Francine gostaria de ouvir e a paciente pediu Legião Urbana. "Eu fazia muita força, aí ele desceu para o canal de parto. Eu sentia ele descer, dei mais duas forças e ele saiu. Eu não acreditei no que tinha acontecido, que tinha sido tão perfeito".

Para ela, foi o retrato de um parto humanizado. "Toda a equipe respeitou todas as minhas vontades, a dor nem se compara com a do primeiro parto, foi tão perfeito e maravilhoso, perguntaram até o que eu queria ouvir quando ele nascesse, que foi All Star da Cássia Eller e Nando Reis. O parto curou todas as minhas feridas, do medo da gravidez, da violência da gravidez anterior", finalizou Francine.

Agora, ela é mãe do pequeno Leonardo, nascido no dia 21/10/2018. Ela agradece imensamente a doutora Estefania Rodriguez, que foi quem lhe atendeu, além de todo o atendimento e equipe o HU. 

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