Evasões de ônibus são 80% maiores durante os finais de semana

Evasões de ônibus são 80% maiores durante os finais de semana

Os flagrantes de passageiros que fazem de tudo para não pagar a tarifa de ônibus são cada vez mais comuns em Jundiaí (SP), principalmente aos fins de semana. As evasões vêm acompanhadas de vandalismo, o que tem gerado prejuízos.

 

Em um vídeo gravado pelo celular mostra um adolescente tentando entrar no veículo pela janela. Ele preferiu a atitude perigosa a pagar os R$ 4,40 da passagem. O garoto foi identificado e um boletim de ocorrência foi registrado. Agora o caso segue para investigação.

Mas este não é o único caso na cidade. Todos os dias pessoas tentam pegar as famosas ‘caronas’ nos ônibus. Aos fins de semana, a evasão aumenta 80%.

"Quando o motorista se nega a dar carona, coisa que é proibida, ele acaba sofrendo uma represália. Então, é uma pedra que se joga, um vidro de porta que se chuta", explica o analista de tráfego Nivaldo Filho.

Câmeras registraram o momento em que uma pedra quebrou o vidro de um ônibus. Outro veículo vai ficar pelo menos dois dias no conserto, isso porque também quebraram a janela com uma pedrada.

Casos como estes aumentaram 31% entre 2017 e 2018. Só no ano passado foram mais de 300 vidros quebrados entre janelas e portas. Isso sem contar quando os vândalos quebram outras partes do veículo, como pedaços do teto. Todos os casos vão parar na polícia, que investiga os atos de vandalismo.

"É um crime de dano qualificado, porque é um veículo que está trabalhando para o público, existe uma concessão para o trabalho. Então, em dano qualificado a pessoa pode responder a um crime cuja pena é de seis meses a três anos de prisão", esclarece o delegado Luis Carlos Duarte, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG).

Além de responder na Justiça, a pessoa tem que pagar pelo prejuízo. Mas, se ninguém é identificado, a conta cai no bolso de quem não tem nada a ver com isso.

"Infelizmente quem paga por tudo isso são as boas pessoas que, no seu dia a dia, utilizam o seu cartão", completa Nivaldo.

"A gente paga por isso e não tem o retorno que deveria ter por causa de pessoas que, por falta talvez de educação, não conserva aquilo que devia preservar, que é um bem para todos", reclama a dona de casa Luzia Antunes Martins.

Fonte: G1

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