Prefeitura promove, neste mês, campanha "Não dê esmolas. Ajude de verdade"

Prefeitura promove, neste mês, campanha "Não dê esmolas. Ajude de verdade"

Durante o mês de abril, a Prefeitura promove a campanha “Não dê esmolas. Ajude de verdade”, que traz, entre suas finalidades, promover a conscientização quanto à necessidade de oferecer orientação sobre os serviços públicos promovidos para a construção de perspectivas de futuro e saída da situação de rua a quem precisa.

Por se tratar de uma situação multicausal e de um processo de saída complexo, a campanha, promovida pelas Unidades de Gestão de Assistência e Desenvolvimento Social (UGADS) e de Inovação e Relação com o Cidadão (UGIRC), orienta que, para além do imediatismo da doação de esmola, o cidadão que se deparar com alguém em situação de rua dê orientação para a busca de atendimento junto ao Centro Pop, que fica na rua Marechal Deodoro da Fonseca, 504, Centro, e, em caso de dificuldades de estabelecimento de diálogo, acione a Abordagem Social pelo telefone (11) 98531-0146.

De acordo com a gestora da UGADS, Nádia Taffarello Soares, a criação de perspectivas para a saída de rua depende da criação do vínculo com a rede socioassistencial. “Quando alguém dá esmola, é dificultado um possível vínculo com os serviços públicos, o qual contribui para a sua saída das ruas. A rede de Proteção Social Especial, que atende esse público, é uma das mais estruturadas dentro da Unidade e segue legislação federal”.

O atendimento é técnico, sigiloso e gratuito. Seu principal objetivo é superar as vulnerabilidades e a ampliar as potencialidades, a fim de construir o processo de saída das ruas. No atendimento, os técnicos do serviço elaboram um Plano Individual de Atendimento (PIA), que traça estratégias, ouve os anseios e propõe acompanhamento amplo, intersetorial e contínuo.

Outro aspecto é a reciprocidade, já que na construção do plano de saída da rua, o usuário também é corresponsável por atingir seu objetivo, o que fortalece o projeto de mudança pretendido.

Nádia também aponta a diferença entre a pontualidade da esmola e a gama de aspectos e benefícios que o atendimento em rede proporciona ao usuário do serviço.

“No Centro Pop, a pessoa é atendida por completo: é acolhida, recebe banho, alimentação, é verificada a necessidade de documentação e até a possibilidade de recâmbio para o Município de origem, desde que restabelecidos os vínculos familiares. A esmola pode até agravar o sofrimento, por tornar menos evidente o necessário acesso às políticas públicas ofertadas, e prejudica a reflexão sobre a necessidade de mudança, o que fragiliza o indivíduo.”

A campanha, ao longo do mês, por meio das redes sociais da Prefeitura, serão feitas publicações sobre a rede voltada a esse atendimento, com dados importantes à população e depoimentos. Também está prevista a distribuição de materiais explicativos em pontos da cidade onde há maior concentração dessa população.

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