Após alta no preço do diesel, anunciado ontem (17) pela Petrobras, caminhoneiros ameaçam paralisação em todo o país no prazo de 10 dias. O diesel foi reajustado em 10 centavos.
Para um dos caminhoneiros que ameaçam greve, Wanderlei Alves, conhecido como Dedéco, 10 centavos não é pouco para a categoria. Ele, que foi um dos líderes da greve do ano passado, exemplifica dizendo que gasta 9.000 mil litros em combustível por mês e, com o aumento de dez centavos, o custo subirá em 900 reais.
“Eu deixei as minhas intenções bem claras para o governo federal. A paralisação estava marcada para o dia 21 de maio, mas, se houvesse aumento no preço do combustível, íamos parar tudo antes”, afirmou Dedéco para a Veja.
A solução defendida pelo caminhoneiro para o problema seria estagnar o preço do diesel até que haja um piso mínimo para o frete. “O preço do combustível sobe e o frete não. A conta não fecha.”
Reajuste
O reajuste de 4,8%, em média, está abaixo dos 5,7% proposto pela Petrobras na semana passada e depois cancelados. Naquele dia, o aumento seria de R$ 0,12 –de 2,1432 reais para 2,2662 reais por litro. Segundo Castello Branco, a alta foi menor porque o frete marítimo caiu.
Questionado sobre o reajuste no diesel impactar na decisão dos caminhoneiros de fazer nova greve, Castello Branco afirmou que foi justamente essa preocupação que o fez adiar o ajuste na semana passada.
“Todos nós sofremos com a greve dos caminhoneiros no ano passado. Foi com base nisso que sustei o ajuste”, disse.
Com informações da Veja.