Alunos de Jundiaí contam sobre experiências na Tailândia

Alunos de Jundiaí contam sobre experiências na Tailândia

Em julho, 28 alunos do 5º C da escola municipal Professor Joaquim Candelário de Freitas, receberam medalha de ouro na edição nacional da Olimpíada Internacional de Matemática sem Fronteiras. Premiação que acabou abrindo novas portas para a turma: viajar para a Tailândia representando Jundiaí na Asia International Mathematical Olympiad (AIMO 2018).

Por conta dos custos da viagem, foi necessário selecionar os alunos que iriam embarcar para a aventura em Bangkok, cidade mais populosa da Tailândia. Para representar os 28 alunos, foram selecionados três: Larissa, Brenda e Erick, que viajaram na companhia da coordenadora da escola, Sandra Regina Mota Furlan e da professora Lucila Aparecida Miquelin.

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A equipe contou ao Tribuna de Jundiaí que a viagem em si foi muito boa, difícil mesmo foi a prova, aplicada em inglês. “Eu fiquei nervosa e a prova foi difícil. Encontramos exercícios que não tínhamos estudado. O Erick até travou”, conta Larissa. Erick se defendeu dizendo que, de fato, ele travou na hora que pegou a prova e viu os exercícios. “Eu travei, mas fiquei pensando que ia dar tudo certo e deu”, conta o aluno.

alunos de jundiai contam sobre experiência na tailândia1Brenda, Erick e Larissa no primeiro dia na Tailândia (Foto: Arquivo Pessoal)

Apesar de não terem se classificado com medalha de ouro, prata ou bronze, os alunos ficaram entre os cem primeiros colocados entre, aproximadamente, mil participantes, recebendo medalha de honra ao mérito.

Porém, na bagagem a turma trouxe muitas experiências e coisas boas pra contar. Erick visitou a praia pela primeira vez, com direito a encontrar uma Jelly Fish (água-viva), participaram de um festival de frutas, visitaram templos e prédios monumentais e experimentaram algo totalmente novo: passeio de elefante. “Nós fomos em uma apresentação de elefantes. Eles tocaram até música brasileira, acredita?”, conta as meninas com entusiasmo.

alunos de jundiai contam sobre experiência na tailândia2Apresentação de elefantes (Foto: Arquivo Pessoal)

Além das 11 horas de fuso horário, a equipe destacou também a diferença na culinária tailandesa. “Muita fruta, frango, pimenta e legumes. Acho que vou ficar um bom tempo sem comer frutas”, conta a coordenadora Sandra, que junto com Erick, amaram as comidas apimentadas oferecidas por lá.

alunos de jundiai contam sobre experiência na tailândia4A equipe conta que as frutas estão presentes em todas as refeições do dia (Foto: Arquivo Pessoal)

Durante a estádia por lá, eles passaram por três hotéis diferentes, sendo que um era classificado como hotel cinco estrelas. “Os motivos pelo qual um hotel é considerado cinco estrelas lá é diferente dos nossos. No Brasil os hotéis são classificados de acordo com a qualidade, tamanho do quarto, serviços que ele oferece, entre outros motivos. Lá as estrelas são dadas de acordo com a idade do hotel. Quanto mais antigo, mais estrelas ele tem”, conta Sandra.

Além das experiências culturais, as crianças puderam usar muito o inglês, que tiveram pouquíssimo tempo para treinar antes da viagem. “Os instrutores dos passeios eram tailandeses e falavam um inglês muito estranho, então era confuso para entender”, conta Erick.

alunos de jundiai contam sobre experiência na tailândia6Os três alunos acompanhados da coordenadora Sandra e da professora Lucila (Foto: Arquivo Pessoal)

O próximo destino, eles já decidiram. Com a experiência intercultural, os alunos trouxeram na mala muitos sonhos e planos para a futura carreira profissional. O certificado que receberam na competição também abre portas para oportunidades internacionais, já que vem assinado e reconhecido por diversas instituições, como Harvard e outras universidades conhecidas. “Eu já até avisei meus pais que vou fazer intercâmbio nos Estados Unidos. Agora eu quero continuar estudando para me tornar astrônoma. Como hobby, serei desenhista”, conta Brenda.

Larissa conta que quer se tornar professora. “Vou fazer intercâmbio no Canadá e no futuro, vou contar para os meus filhos sobre essa experiência”.

Já Erick gostou tanto da experiência que quer repeti-la. “Eu quero fazer intercâmbio na França, mas antes, quero fazer a prova da AIMO de novo no ano que vem”.

Para Sandra, ver a empolgação e determinação das crianças é algo importantíssimo e que deu um ‘gás’ a mais nos estudos. “É um experiência que eles vão levar para o resto da vida. Que haja novas oportunidades. Devemos lembrar que tudo depende da dedicação, se entregar totalmente aos estudos e valorizar as oportunidades”, finaliza a coordenadora.

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