Professora de balé com Síndrome de Down mostra como foi superar seus limites

Professora de balé com Síndrome de Down mostra como foi superar seus limites

A moradora de Sorocaba (SP), Mônica Quito, 42 anos, portadora de Síndrome de Down, supera suas limitações e se torna professora de ballet clássico, porta-bandeira de uma escola de samba e serviços administrativo em uma empresa

 

Mônica trabalha em uma empresa como auxiliar de serviços administrativos há cinco anos. A encarregada do departamento pessoal, Cláudia Petschelies, comenta sobre o a dedicação da colaboradora em querer aprimorar seus conhecimentos.

"Ela é uma pessoa extremamente atenciosa e prestativa. Ela nos auxilia sempre que precisamos. Há uma atenção maior sobre explicar e delegar a função. Precisamos falar com mais calma e ter paciência. Sempre que vê alguém na recepção, ela pergunta se precisam de ajuda, procura sempre ajudar. É muito legal poder trabalhar com alguém como ela, disse ao G1.

Além de superar as limitações no trabalho, Mônica também se supera na dança. Ela é professora de ballet clássico, mas não exerce a profissão no momento.

A paixão pela dança surgiu ainda na infância, quando iniciou o ballet. Além disso, Mônica fez aulas de passarela, natação, dança do ventre e música. E, há 11 anos, Mônica é porta-bandeira na escola de samba União em Sorocaba, na ala especial 'Felicidade Down'. "Fico muito feliz em poder participar, porque eu amo carnaval!", afirmou ao G1.

Monica quito porta bandeira

Mônica em desfile da União de Sorocaba/ Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

Em entrevista ao G1, Mônica também contou que vive normalmente, inclusive namora. "Nos conhecemos há 20 anos, e há três reatamos o namoro. Nas horas livres gosto de curtir a vida", revelou.

Com toda esta independência, para a mãe de Mônica, Maria José Quito, é um orgulho saber que a filha tem uma rotina normal e consegue se virar sozinha.

"Quando ela nasceu, a síndrome era muito desconhecida para a sociedade. Então, por instinto, comecei com as terapias, pois as clínicas e as escolas não sabiam como ajudar. Ela tem suas limitações, mas não impede de ter uma vida normal, pois trabalha, passeia e é muito organizada. Acorda cedo para trabalhar, na véspera organiza suas coisas e se arruma sozinha. Ela sabe se virar na cozinha e sempre organiza seu quarto e seu banheiro", disse ao G1.

Fonte: G1

Recomendados para você