Uma ação de Polícia Civil de Itupeva impediu uma tragédia anunciada. Uma moradora da cidade denunciou o ex-companheiro, que estava perseguindo-a após o término do relacionamento. De acordo com a vítima, desde julho de 2018, ela viveu dias de pânico.
Em entrevista ao portal Itupeva Agora, a vítima contou que era ameaçada através de ligações e mensagens. O ex enviava fotos de armas ameaçando tirar a vida dela, assim como machucar familiares e amigos.
Um dos fatos mais graves foi quando o indivíduo foi até um shopping em Jundiaí para tentar agredi-la e, não tendo sucesso, o agressor quebrou o veículo da vítima.
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Após juntar todos os fatos, provas e boletins de ocorrência das ameaças, a mulher conseguiu o mandado de prisão, expedido pelo Delegado de Itupeva, Adalberto Ceolin.
Ao saber do mandado de prisão, o homem foi até a casa da vítima, que acionou a Guarda Civil logo que o identificou. A GCM agiu rápido e prendeu em flagrante o agressor.
Ao Tribuna de Jundiaí, o delegado Adalberto disse que, em casos como esse, a vítima deve ir até à Delegacia e registrar a ocorrência. "Se ela [vítima] quiser pedir a medida protetiva, nós encaminhamos ao Fórum e o Juiz pode conceder ou não. Normalmente, nos casos mais graves, a medida é concedida".
Ceolin contou também que, em alguns casos, o agressor é autuado em flagrante pela agressão. Em outros casos, a vítima vai à Delegacia depois de sofrer agressão e é feito o processo descrito acima.
Questionado pela nossa equipe quanto ao crescimento dos casos, o delegado afirmou que o registro de casos aumentou nos últimos tempos, mas não é um fato isolado da cidade. Para ele, não houve aumento dos casos em si, o que mudou é que as mulheres se sentem mais confiantes para buscar ajuda e denunciar as agressões.
"Creio que essa violência era abafada e sufocada dentro dos lares. Hoje, as mulheres estão mais orientadas e instruídas a respeito. Depois desses casos que foram levados a público, várias mulheres têm nos procurado para noticiar agressões e pedir proteção", diz.
O delegado afirmou também que a equipe policial está preparada para lidar com casos de agressão contra mulheres, mas sempre fazem reuniões e capacitações para se atualizarem sobre o assunto e assim, agirem da melhor forma possível.