Pesquisas recentes apontam que 54% dos brasileiros estão com sobrepeso e aproximadamente 20% já podem ser considerados obesos. Em um estudo recente, os resultados apontaram que nos últimos 10 anos, a população obesa no Brasil passou de 11,8% para 18,9%, representando um crescimento de 60%. Entre os jovens, a população entre 18 e 24 anos apresentou crescimento da obesidade em 110%.
A busca pelo peso ideal afeta muitos brasileiros; desde os que lutam contra a obesidade aos que buscam atingir a boa forma. Muitas vezes, ter uma dieta saudável e fazer exercícios não causam a perda de peso desejada no curto prazo e isso é o que leva as pessoas a usarem medicamentos para emagrecer. Além do mais, a possibilidade de comer algo calórico ou que traz satisfação é outro fator atrativo ao uso desses remédios.
É importante entender que a fome é uma ação fisiológica do próprio corpo quando o mesmo necessita de nutrientes para gerar energia. A grelina é o hormônio responsável pelo apetite e ele é liberado na corrente sanguínea por volta de duas horas antes das principais refeições, nos horários que a pessoa está acostumada a fazê-las. Porém, como tudo no organismo humano, é balanceado. Em contrapartida, o hormônio responsável pela saciedade PYY é liberado assim que a comida chega no intestino, iniciando o processo de redução ou inibição da fome e promovendo saciedade. O intestino também libera uma proteína chamada colecistoquinina que vai agir no centro de saciedade. O hipotálamo, parte do cérebro, contém os controles regulatórios e nele se incluem o da fome e da saciedade.
Enquanto os remédios para emagrecer parecem solucionar todos os problemas que alguém tenha com a balança, ele traz muitos riscos à saúde quando utilizado de forma errônea e sem indicação médica. Esses medicamentos são prescritos, geralmente, pelo endocrinologista que analisa cada caso, em concomitância com mudanças no estilo de vida e na dieta.
Os medicamentos para emagrecer podem ser divididos em três diferentes grupos de acordo com a maneira que agem no organismo:
Os que atuam na redução ou inibição do apetite, saciando a fome
Sibutramina:
Este medicamento atua elevando o tempo e a quantidade de neurotransmissores tais como a serotonina, noradrenalina e dopamina as quais agem nos neurônios e aumenta o tempo e a quantidade de saciedade que o indivíduo apresenta.
Contra-indicações: A sibutramina é contra-indicada para pessoas com IMC (índice de massa corporal) menor que 30 kg/m2, crianças, grávidas, lactantes e idosos.
Efeitos colaterais: O uso da sibutramina pode levar a episódios de prisão de ventre, insônia, xerostomia (boca seca), náuseas, dores de cabeça, aumento da pressão arterial, aumento da frequência cardíaca, ansiedade e até alterações no paladar.
Foto: Canva
Saxenda:
A Saxenda é outro tipo de remédio para emagrecer, que foi aprovado em 2016 pela ANVISA. Este atua na redução de apetite sem afetar o humor do indivíduo e é também conhecido por promover sensação de saciedade e ajudar na queima de gordura abdominal. Uma particularidade dessa medicação é que é responsável pela mudança no paladar que faz com que os alimentos não tenham um sabor agradável. Ele é injetável e também atua na regulação da produção hormonal no cérebro ajudando no controle da glicemia.
Contra-indicação: Assim como a sibutramina, esse medicamento é contra-indicado para pessoas que apresentam baixo IMC ou IMC inferior a 27kg/m2, histórico de hipertensão ou alterações de colesterol.
Efeitos colaterais: Dentre os efeitos colaterais do uso da Saxenda estão a possibilidade de desenvolvimento de pancreatite, cálculos na vesícula biliar, tumores na glândula tireoide, problemas da bexiga, aumento de quadro depressivo, aceleração do batimento cardíaco, entre outros.
Anfetaminas
As anfetaminas tais como Anfepramona, Mazindol e Femproporex tem efeitos na redução do apetite por agirem no sistema nervoso central. Esse tipo de medicamento para emagrecer causa muitas controvérsias sobre sua comercialização no Brasil.
Efeitos colaterais: Esses medicamentos podem causar no indivíduo alterações comportamentais como ansiedade, irritabilidade, insônia, tremores e depressão.
Os que reduzem a compulsão alimentar – Controladores de ansiedade e depressão
Fluoxetina:
Dentro dessa classe de medicamentos pode-se encontrar a Fluoxetina que é usada no tratamento de ansiedade, compulsão alimentar e obesidade associada a depressão, diagnosticada por um médico. A Fluoxetina pode causar náusea, diarreia, fadiga generalizada, insônia e enxaqueca.
Foto: Canva
Bupropiona:
Outro tipo de medicamento é a Bupropiona que é um antidepressivo com efeito na redução da compulsão alimentar. A principal função da Bupropiona é no auxílio no controle do desejo de fumar pois reduz os efeitos da síndrome de abstinência tais como ansiedade, irritabilidade, fome e dificuldade de concentração. O uso dessa medicação pode causar insônia, xerostomia, dores de cabeça, taquicardia, hipertensão e até manchas na pele. No mercado, há uma medicação chamada Contrave que é a combinação de Bupropiona com Naltrexona que é um bloqueador opióide utilizado para o tratamento do alcoolismo e drogadição.
Os que inibem a absorção de gordura
Orlistate:
O principal medicamento dessa classe é o Orlistate, que é um medicamento de tarja vermelha, potente inibidor de lipases intestinais. Por agir diretamente no intestino, esse remédio inibe a absorção de pelo menos 30% da gordura ingerida. Ele é vastamente utilizado em concomitância com dietas e exercícios físicos. Alguns tipos de dietas tais como a low carb ou dieta cetogênica, em que o indivíduo ingere quantidades elevadas de gordura, o orlistate pode ser um fator aliado na perda de peso. Este medicamento pode causar dores de cabeça, e aumento do número de evacuações diárias além de provocar oleosidade nas fezes devido a excreção da gordura não absorvida.
Os remédios para emagrecer apresentam variados efeitos e devem ser prescritos por um profissional especializado e que irá indicar o melhor tratamento baseado no histórico e condições físicas de cada pessoa. O tratamento completo para emagrecer deve ser multidisciplinar e envolver nutricionista ou médico nutrólogo, psicanalista ou psicólogo, e clínico geral ou um endocrinologista.
Outras maneiras de emagrecer
Recomenda-se uma dieta balanceada e mudança no estilo de vida, incluindo atividades físicas diárias para auxiliar na perda de peso. Relacionado à alimentação, deve-se aumentar o consumo de alimentos ricos em fibras, pois ajudam a aumentar a saciedade e evitar a fome, bem como a controlar o índice glicêmico dos alimentos.
Foto: Canva
Pode-se também utilizar medicamentos naturais e chás no controle do emagrecimento. O chá verde, por exemplo, tem propriedades que auxiliam na digestão e também compostos antioxidantes que ajudam a acelerar o metabolismo; desta forma, fazendo com que o organismo gaste mais energia.
Portanto, os medicamentos para emagrecer devem ser utilizados com prescrição e recomendação médica e, quando utilizados, que sejam em concomitância com uma dieta saudável e exercícios físicos regulares.
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