Paciente de 86 anos, além de três tipos de medicamento, também recebeu imunoglobulina humana. (Foto: Envato Elements)
Um homem chinês de 86 anos e que apresentava 13 doenças crônicas, foi curado do coronavírus. No país asiático, ele é uma das mais de 70 mil pessoas que se recuperaram da doença, segundo o levantamento da Universidade Johns Hopkins.
A história deste tratamento foi relatada em um artigo assinado por cinco médicos das cidades chinesas de Guangzhou e Wuhan, onde a pandemia começou em dezembro do ano passado. O estudo foi enviado à revista científica da Associação Internacional para Estudos de Câncer de Pulmão.
Desafios para o tratamento
O homem que não teve a identidade revelada chegou ao hospital após dois dias de tosse e febre no dia 22 de janeiro. Estudos preliminares que devido a faixa etária e as comorbidades que enfraquecem o sistema imunológico, a expectativa para o paciente não era promissora.
Além de ter hipertensão, diabetes, aterosclerose cerebral, pancreatite e insuficiência renal, uma tomografia computadorizada mostrou que havia sinais de pneumonia nos dois pulmões.
Confirmada a doença, era hora de iniciar o tratamento. Ainda não há nenhum estudo clínico em larga escala que tenha apontado solução, todos os remédios utilizados até o momento, sã usados de forma experimental, a partir de estudos preliminares.
Segundo o G1, as principais alternativas em estudo e aplicadas a depender da avaliação de cada médico incluem o remdesivir (criado contra o ebola), a cloroquina/hidroxicloroquina (antimaláricos que têm sido associados também ao antibiótico azitromicina) e uma combinação de ritonavir e lopinavir (usados contra o HIV), entre outros.
No Brasil, o governo federal permitiu o uso decloroquina/hidroxicloroquina, apenas com autorização médica, para uso compassivo (por compaixão), por não haver ainda uma “alternativa terapêutica específica para esses pacientes”.
Recuperação
No caso do paciente chinês de 86 anos, uma série de medicamentos foi utilizada. Enquanto um remédio servia para combater a infecção, outro agia contra o vírus em si e um terceiro à base de corticoide (metilprednisolona), evitava o que se chama de “tempestade de citocinas”, substâncias que modulam o tamanho da resposta imunológica do corpo contra um invasor.
Essa tempestade, segundo os médicos, tem sido a principal causa de morte de pacientes. Ela acontece por uma reação exagerada de defesa do corpo, que acaba levando a uma quantidade desproporcional de células nos pulmões, obstruindo as vias aéreas.
O paciente também recebeu na veia uma injeção de imunoglobulina humana, substância produzida a partir do plasma sanguíneo de outros doadores e usada para reforçar o sistema imunológico.
Hipóteses
Apesar da recuperação deste paciente, não há certezas sobre um tratamento que funcione contra o coronavírus.
Não é possível determinar se os remédios foram responsáveis pela melhora do paciente ou se o corpo venceu a batalha contra o vírus, de uma maneira ou outra, a ciência começa a caminhar.
Duas hipóteses para a cura estão sendo levantadas. A primeira é sobre a eficácia da chamada imunização passiva com transfusão de plasma sanguíneo, que utiliza anticorpos de outras pessoas.
No Brasil, centros de pesquisa, como o Instituto Butantan, já estão autorizados a iniciar pesquisas com essa finalidade.
A segunda hipótese traz um caminho possível para segurar a “tempestade de citocinas”.
Randy Cron, especialista em tempestades de citocinas da Universidade do Alabama em Birmingham, afirmou ao jornal americano The New York Times que essa resposta imunológica exagerada aparece em 15% das pessoas que estão lutando com infecções graves. Especificamente sobre a incidência em casos de coronavírus, não há dados específicos.
A “tempestade” acomete mais adultos, do que crianças; a obesidade é também fator de risco.
“Existem estudos em animais e em humanos que apontam, em quadros de obesidade, uma maior secreção de citocinas, que são substâncias inflamatórias produzidas por diferentes células do organismo e que modulam as células que defendem o corpo de infecções”, afirmou Oscar Cingolani, professor da Faculdade de Medicina da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, em entrevista recente à BBC News Brasil.
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