'Perdi minha mãe para as fake news', diz filha após idosa morrer de Covid-19
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‘Perdi minha mãe para as fake news’, diz filha após idosa morrer de Covid-19

“Eu sei que não é só ela que é assim. Tem muita gente que não acredita. Eu só queria que ela tivesse acreditado” desabafa a filha

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Aposentada morre por Covid-19. (Foto: Divulgação)
Maria da Graças tinha 71 anos e morreu por Covid-19. (Foto: Arquivo Pessoal)

“O que mais me incomoda é saber que eu não posso falar para ela que ela devia ter acreditado em mim, no meu irmão, nos netos que pediam para ela ir, e não em falsas notícias”. A fala é da professora Adriana Avanci, que perdeu a mãe de 71 anos por Covid-19 em Ribeirão Preto, após a aposentada recusar atendimento médico no início dos sintomas por não acreditar na pandemia.

A aposentada Maria das Graças Paim tinha apenas um problema de saúde: pressão alta. Quando contraiu o vírus, em poucos dias perdeu a luta para a doença. Mas antes de ter sido vítima da Sars-Cov-2, foi infectada por uma doença tão letal quanto: fake news.

“Ela começou a ver muito vídeo no YouTube que fala que é mentira, que é uma gripezinha, que não mata, que matavam as pessoas para entrar como estatística. E ela estava com essa cabeça”, relata Adriana.

Dona Maria começou a sentir dor de garganta e febre no dia 28 de dezembro. Alertada pelos filhos e netos, não quis ir ao médico.

A luta da família até a primeira consulta no hospital Beneficência Portuguesa durou dez dias. No dia 7 de janeiro, a aposentada foi levada, não pela própria vontade, e o diagnóstico indicou necessidade de internação, já que o pulmão estava 50% comprometido.

No dia seguinte, foi para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e, no dia 10, foi intubada. A doença avançou pelo organismo até que os rins pararam de funcionar. Fez hemodiálise. Uma semana depois, no dia 17, após sofrer duas paradas cardiorrespiratórias, não resistiu.

“É perder essa luta, sabe, porque eu sei que não é só ela que é assim. Tem muita gente que não acredita. Eu só queria que ela tivesse acreditado” desabafa a filha.

Combate às fake news

Na linha de frente de combate ao novo coronavírus, há mais de um ano em todo o mundo, estão médicos, enfermeiros e todos os profissionais envolvidos no dia a dia de um hospital.

No entanto, um grupo que também não tem recuado da batalha em nenhum instante é o que trabalha para frear a propagação de notícias falsas, boatos e mensagens e vídeos sensacionalistas pela internet, sobretudo os relacionados à pandemia e à vacinação em geral.

Em Ribeirão Preto, um grupo de pesquisadores ligado à USP auxilia nessa luta. O União Pró-Vacina procura desmentir as informações falsas compartilhadas por grupos anti-vacina, que segundo João Henrique Rafael, analista de comunicação e membro da organização, cresceu nos últimos meses.

“O conteúdo anti-vacina, principalmente o da Covid, começou em março e desse mês em diante ganhou muita atração. De março pra julho ele quase que quintuplicou. O que nós percebemos agora que a vacinação começou é que eles voltaram a operar nesse ritmo. Então eles vão reagindo conforme a vacinação está em pauta”, explica.

Dentre os estudos já feitos pelos pesquisadores, um analisou dois grupos anti-vacina do Facebook entre maio a julho, e constatou aumento de 338% na disseminação destes conteúdos sobre o imunizante. Outra das plataformas onde os rumores mais se propagam, segundo os pesquisadores, é o YouTube.

Segundo o analista, o conteúdo anti-vacina age por duas formas principais: os internautas pegam conteúdo internacional com informações falsas em outro idioma e traduzem, com legendas, para o português e, com o início da imunização contra a Covid-19, criam narrativas baseadas em fatos e deturpam os fatos.

“O conteúdo que me chamou atenção e que acabou viralizando muito foi a questão das vacinas de RNa alterarem o DNA das pessoas. É um absurdo, mas infelizmente viralizou bastante nas plataformas. Eles diziam que o DNA seria alterado de tal forma que a pessoa não conseguiria ser mais religiosa, ia ter mutações físicas, então foi um show de horrores em relação à falta de informação”, diz.

Além de combater as informações falsas com conteúdos checados junto à fontes oficiais, o grupo também se organiza para enviar mensagens aos internautas com o conteúdo verdadeiro e dicas que ajudam a bloquear as armadilhas dos que propagam as fake news.

“Primeiro perceber se o título é muito sensacionalista ou se essas informações ou afirmações estão tentando explorar o emocional dela. Então você bate o olho e fica chocado, fica com medo ou fica com raiva. As chances de ser uma notícia falsa são muito altas. Porque o conteúdo jornalístico e científico não funciona dessa forma. Então se você perceber que está sendo manipulado emocionalmente é uma forma de com certeza ter uma ideia se aquilo é falta de informação ou não”, explica.

Com informações do G1.

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