Comemorado no dia 13 de abril, o Dia do Beijo é mais do que uma celebração do afeto: é também uma oportunidade para reforçar os cuidados com a saúde bucal e a prevenção de infecções. Embora o beijo seja uma das formas mais comuns de demonstrar carinho em relacionamentos amorosos e de amizade, ele pode representar riscos à saúde, especialmente quando não há atenção às condições de higiene e bem-estar.
A médica infectologista do Hospital de Caridade São Vicente de Paulo (HSV), Dra. Maria José Kassab Carvalho, alerta que diversas doenças podem ser transmitidas pelo beijo. Segundo ela, o contato com gotículas respiratórias e a saliva são os principais meios de transmissão.
“Enfermidades como gripe, resfriado, Covid-19 e influenza podem ser transmitidas com facilidade, especialmente em épocas de maior circulação viral”, explica a médica. No entanto, os maiores riscos estão associados a infecções transmitidas pela saliva e por lesões na cavidade oral.
A “doença do beijo” e outras infecções
Um exemplo comum é a mononucleose infecciosa, conhecida popularmente como “doença do beijo”. Causada pelo vírus Epstein-Barr, ela costuma afetar adolescentes e jovens adultos, mas também pode surgir em crianças, principalmente quando há compartilhamento de chupetas ou contato com irmãos infectados.
“A mononucleose é uma doença benigna e autolimitada, com incubação de até duas semanas. Os sintomas mais comuns são dor de garganta, placas nas amígdalas e gânglios cervicais aumentados. Frequentemente, ela é confundida com amigdalite bacteriana e tratada de forma inadequada com antibióticos, o que pode provocar reações cutâneas como manchas pelo corpo”, destaca a Dra. Maria.
Embora a doença desapareça sozinha, casos mais graves podem evoluir com cansaço prolongado, hepatite leve e aumento do baço. Por isso, a recomendação médica é evitar atividades físicas por até seis semanas após o diagnóstico.
Beijo e ISTs: atenção às lesões bucais
As Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) também estão entre os riscos, especialmente sífilis, herpes e HPV. Todas elas podem ser transmitidas pelo beijo quando há lesões na boca, mesmo que as feridas não sejam visíveis ou não causem dor.
“No caso da sífilis, por exemplo, a úlcera típica da fase primária é indolor, limpa e discreta, dificultando o reconhecimento e aumentando o risco de transmissão”, alerta a infectologista. “Já a herpes oral costuma causar úlceras dolorosas, enquanto o HPV pode se manifestar com verrugas ou protuberâncias na região da boca.”
Ela reforça que nem todas as lesões são perceptíveis. “A da herpes dói, da mpox também, o HPV cresce para fora, mas a da sífilis é traiçoeira — ela não dói, não tem secreção e, muitas vezes, passa despercebida”, afirma.
Hepatites e outros riscos menos comuns
Casos mais raros, mas possíveis, envolvem a transmissão das hepatites B e C, principalmente se houver sangramentos na boca durante o beijo. Apesar do risco ser baixo, ele existe entre portadores dos vírus com lesões ativas.
Cuidados simples para um gesto seguro
Apesar dos riscos, a Dra. Maria reforça que o beijo continua sendo um gesto seguro quando praticado com consciência e responsabilidade. “A melhor forma de se proteger é estar atento à própria saúde, evitar o beijo quando estiver doente ou com feridas na boca e buscar acompanhamento médico diante de sintomas suspeitos. O beijo em si não é o problema. O problema está na presença de doenças ativas e lesões não identificadas. Quando tudo está saudável, o risco é praticamente inexistente”, conclui.
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