O médico cirurgião ortopedista e especialista em fixador externo do Hospital São Vicente (HSV), Dr. Ricardo Fruschein Annichino, desenvolveu uma capa para o item, que ficou conhecido popularmente como “gaiola” e é utilizado em casos de fraturas expostas, patológicas, deformidades ósseas, entre outros, junto de voluntários do HSV, devolvendo a autoestima do paciente. 

O aparelho é minimamente invasivo, mas traz algumas adversidades como a exposição, podendo comprometer a autoestima do paciente. 

“A parte psicológica conta muito nesse processo. Tudo começou quando a mãe de um outro paciente, que atua como costureira, quis retribuir, de maneira carinhosa, o tratamento recebido aqui”, detalha Dr. Ricardo.

Ele também conta que o Dr. Marcelo D’Amado, ortopedista em período de estágio da instituição, comprou os tecidos para que as capas fossem confeccionadas por voluntários do Hospital São Vicente. E assim, para cada capa vendida, uma foi doada pela internet. 

A movimentação foi uma fonte de inspiração para que outros voluntários do HSV se interessassem pelo assunto, potencializando-o. 

Voluntários do Hospital São Vicente fazem a diferença na recuperação dos pacientes

Viviane Rasera, supervisora dos projetos sociais do HSV, revela que, junto da Associação Socioeducacional Casa da Fonte, 30 capas foram confeccionadas. “Os pacientes já solicitam a capa no dia do primeiro curativo. Eles adoraram”, afirma. 

Anderson Rogério Finamore, de 50 anos, sofreu um acidente jogando futebol e teve uma fratura exposta na perna há 24 anos e, desde então, já passou por mais de 10 procedimentos cirúrgicos. Diagnosticado com osteomilite, infecção óssea causada por bactérias, precisou conviver com dor e desconforto por anos, mas em dezembro de 2023 passou por um procedimento no HSV. 

“Sempre fui atendido na rede particular. No Hospital São Vicente, eles me operaram, fizeram uma limpeza e depois, graças a Deus, apareceu o Dr. Ricardo na minha vida. Foi neste momento que decidimos colocar o fixador externo. Eu lidava com o líquido que saía, um cheiro forte, e tudo isso me atrapalhava muito, me gerava insegurança”, relata Anderson. 

A capa é uma forma de acolher cada um dos pacientes e deixá-los mais confortáveis, contribuindo diretamente para a recuperação.