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Saúde Pública

Butantan desmente 10 ‘fake news’ sobre vacina da gripe e reforça segurança do imunizante

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Mulher aplica vacina da gripe no braço de jovem de cabelos longos, durante campanha de imunização em ambiente de saúde.
Foto: Marilia Ruberti/Comunicação Butantan

Com o início da campanha nacional de vacinação contra a gripe, o Instituto Butantan intensifica os esforços para combater a desinformação. Circulam nas redes sociais diversas fake news sobre a vacina trivalente, produzida pelo instituto e recomendada pelo Ministério da Saúde. Para esclarecer a população e combater a hesitação vacinal, a gestora médica de Desenvolvimento Clínico do Butantan, Carolina Barbieri, desmentiu os 10 principais boatos que circulam sobre o imunizante.

Vacina da gripe é segura, eficaz e salva vidas

A vacina trivalente do Butantan está disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS) e é recomendada para prevenir casos graves, internações e mortes causadas pelos vírus influenza. Em 2025, a campanha teve início no dia 28 de março em São Paulo e no dia 7 de abril nas demais regiões do país, com foco em grupos prioritários como crianças de 6 meses a menores de 6 anos, gestantes, idosos e pessoas com comorbidades.

A imunização na região Norte ocorrerá no segundo semestre, durante o chamado “inverno amazônico”, quando há maior circulação do vírus. Para essa etapa, o Butantan destinou 6 milhões de doses.

A seguir, veja os principais mitos desmentidos pelo instituto:

1. “A vacina não protege da gripe, nem contra o vírus H1N1”

FALSO.
A vacina trivalente contra a gripe, produzida pelo Instituto Butantan, tem eficácia superior a 80% na prevenção de hospitalizações e mortes causadas por influenza, especialmente entre crianças pequenas, idosos e pessoas com comorbidades. Nesses grupos, a gripe pode evoluir para quadros graves, como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) ou até mesmo infarto agudo do miocárdio.

Além disso, a vacina tem eficácia de até 60% na redução dos sintomas mais comuns da gripe, como febre, dores no corpo, dor de garganta e sintomas respiratórios.
A composição de 2025 contém as cepas A/Victoria (H1N1), A/Croácia (H3N2) e B/Áustria, selecionadas pela Organização Mundial da Saúde com base na vigilância internacional dos vírus em circulação. Isso mostra que o imunizante protege, sim, contra o vírus H1N1 e demais variantes previstas para o ano.

2. “A vacina contra a gripe causa uma gripe ainda mais forte”

FALSO.
A vacina do Butantan utiliza fragmentos de vírus inativados — ou seja, mortos — incapazes de provocar a doença. A gripe não pode ser causada pela vacina, pois ela não contém vírus vivos.
É comum, porém, que outras infecções respiratórias com sintomas semelhantes (como os causados pelo rinovírus, vírus sincicial respiratório, SARS-CoV-2, entre outros) ocorram no mesmo período, confundindo a população.

Se uma pessoa é vacinada e, pouco tempo depois, apresenta sintomas gripais, é provável que ela já estivesse incubando outro vírus ou tenha sido infectada por um agente diferente da influenza. A vacina não causa gripe, mas ajuda a prevenir tanto os sintomas quanto as complicações mais sérias da doença.

3. “A vacina da gripe tem cepa do vírus da Covid-19”

FALSO.
A vacina trivalente contra a gripe contém exclusivamente fragmentos dos vírus influenza A (H1N1 e H3N2) e B. Não há, na fórmula, nenhum componente relacionado ao vírus SARS-CoV-2, causador da Covid-19.

Atualmente, não existe no mundo nenhuma vacina aprovada que combine cepas de influenza com o coronavírus. Embora estudos estejam em andamento para um imunizante combinado no futuro, até o momento não há nenhum produto licenciado nesse sentido.

4. “A vacina da gripe causa trombose e câncer”

FALSO.
Não há qualquer evidência científica que relacione a vacina da gripe a quadros de trombose, câncer ou qualquer outra doença grave. Pelo contrário: a vacina é recomendada para pessoas com o sistema imunológico fragilizado, como pacientes com câncer, justamente porque reduz os riscos de complicações decorrentes da gripe.

Os efeitos colaterais são raros, autolimitados e geralmente leves, como dor no local da aplicação, febre baixa, cansaço ou dores musculares. Esses sintomas desaparecem espontaneamente em poucos dias.

O Instituto Butantan ainda mantém um serviço de farmacovigilância que monitora continuamente as reações adversas e reforça a segurança do imunizante.

5. “Grávidas não podem tomar a vacina porque ela causa aborto”

FALSO.
A vacina trivalente contra a gripe é recomendada para gestantes e considerada segura. Sua fórmula contém apenas fragmentos de vírus inativados, que não oferecem risco de infecção para a mãe ou o bebê.

A Organização Mundial da Saúde reforça a importância da vacinação durante a gestação, já que as grávidas fazem parte do grupo de risco para complicações por influenza.

Além disso, os anticorpos produzidos pela mãe após a vacinação são transmitidos ao feto, oferecendo proteção também para o recém-nascido.

Frascos da vacina da gripe trivalente do Instituto Butantan organizados sobre mesa, com rótulo visível destacando cepas influenza.
Foto: Marilia Ruberti/Comunicação Butantan

6. “Não preciso me vacinar este ano porque tomei no ano passado”

FALSO.
A imunização contra a gripe deve ser feita anualmente por dois motivos principais. Primeiro, porque a eficácia da vacina começa a diminuir cerca de seis meses após a aplicação, o que reduz a proteção ao longo do tempo.

Segundo, porque o vírus influenza sofre mutações com frequência, o que exige atualizações constantes na formulação da vacina. Por isso, mesmo que alguém tenha sido vacinado no ano anterior, é necessário se imunizar novamente com a versão atualizada para garantir proteção contra as cepas que estarão em circulação naquele ano.

7. “Tenho mais de 60 anos e já tomei vacina demais; não preciso mais”

FALSO.
Pelo contrário: pessoas acima dos 60 anos são uma das principais prioridades da campanha de vacinação, justamente porque fazem parte do grupo com maior risco de complicações, hospitalizações e mortes por gripe.

O envelhecimento do sistema imunológico (imunossenescência) pode reduzir a resposta do organismo à vacina, mas ainda assim ela é eficaz na prevenção de formas graves da doença.
Exemplos recentes como os cantores Lulu Santos e Ronnie Von, ambos internados por complicações de influenza, mostram que a gripe continua sendo uma ameaça real para os idosos — e que a vacinação é fundamental para protegê-los.

8. “Vacina da gripe faz mal às crianças”

FALSO.
A vacina é essencial para crianças, especialmente aquelas com menos de seis anos — e ainda mais para as menores de dois anos, cujo sistema imunológico ainda está em formação.
Esse grupo tem risco aumentado de desenvolver complicações como pneumonia, otite, SRAG e insuficiência respiratória.

Além disso, crianças não vacinadas podem espalhar o vírus em escolas e ambientes familiares, colocando outras pessoas em risco, como avós e pessoas imunocomprometidas.
A vacinação infantil é segura e comprovadamente eficaz na prevenção de casos graves, hospitalizações e mortes.

Profissional de saúde retira dose da vacina da gripe com uma seringa, utilizando frasco do Instituto Butantan em ambiente clínico.
Foto: Marilia Ruberti/Comunicação Butantan

9. “Quem se alimenta bem, usa própolis e alho não precisa tomar vacina”

FALSO.
Hábitos saudáveis ajudam no fortalecimento geral do sistema imunológico, mas não substituem a proteção conferida por vacinas.

Não há evidências científicas de que alimentos ou suplementos naturais — como própolis ou alho — previnam a infecção pelo vírus influenza.

A única forma eficaz e cientificamente comprovada de prevenir casos graves de gripe é por meio da vacinação anual, especialmente para os grupos de risco.

10. “Quem pratica exercícios físicos não precisa se vacinar”

FALSO.
Assim como a alimentação saudável, a prática de atividades físicas fortalece o organismo, mas não impede infecções virais.

Mesmo pessoas fisicamente ativas, se estiverem dentro dos grupos prioritários, precisam se vacinar para garantir proteção contra os sintomas e as complicações da gripe.

O vírus influenza é altamente transmissível, e a vacina é a melhor ferramenta para evitar formas graves da doença, independentemente do estilo de vida da pessoa.

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