Uma explosão de gás encanado na manhã desta quarta-feira (31), na Rua Anita Garibaldi, Vila Progresso, deixou dois feridos, incluindo um senhor de 87 anos. O aposentado Leonardo Martins ficou soterrado e teve 50% do corpo queimado. Ele foi socorrido e levado ao Hospital São Vicente de Paulo. A outra vítima era um trabalhador da Companhia de Gás de São Paulo (Comgás).
De acordo com testemunhas, uma instalação de fibra ótica na calçada em frente à casa que explodiu ocasionou perfuração do encanamento de gás, que começou a vazar. Por conta do forte cheiro, a Comgás foi chamada para manutenção, que estava sendo realizada no momento da explosão.
O aposentado e o trabalhador que fazia o reparo foram as vítimas da explosão. As ruas ao redor foram fechadas. O Corpo de Bombeiros evacuou o prédio da frente, que tem 20 andares. A perícia da Polícia Civil também esteve no local, apurando as causas do incidente.
Mara Cristina Lopes Melo, advogada moradora do 12º andar do prédio que fica bem em frente ao local da explosão, diz que ouviu um barulho muito forte.
“Eu estava no meu quarto e, de repente, eu escutei uma explosão muito forte e as janelas até estremeceram. Eu fiquei sem saber o que era. Foi muito forte, um barulho que eu nunca tinha escutado. Eu achei que fosse um trovão e depois pensei: ‘será que alguma casa caiu?’, mas passou. Então, começou um cheiro de gás dentro de casa e eu saí para olhar na sacada, mas como ela fica virada para o outro lado, não deu para ver. O alarme disparou e os moradores evacuaram o prédio. O cheiro de gás está insuportável e, provavelmente, entrou em todos os apartamentos”, disse.
Outro morador da rua também correu para ver o que havia acontecido. "Eu moro aqui na rua mesmo, a uns 300 metros. Na hora da explosão, as janelas do prédio que eu moro tremeram todas. Na hora eu corri para o lugar do acidente. Quando cheguei, as pessoas já estavam sendo socorridas e o prédio da frente já havia sido evacuado. O cheiro de gás era muito forte, na esquina da outra rua dava para sentir o cheiro ", afirmou o aposentado Aílton Carlos Ferreira.
Quanto à situação das casas e prédios ao redor, o tenente-coronel Eli José Tavares, do Corpo de Bombeiros, afirmou que o trabalho está sendo feito em conjunto com a Comgás. “O gás natural é mais leve que o ar, então ele sobe com facilidade. Na área comum do prédio tem bastante cheiro de gás. Pedimos aos funcionários da Comgás para subir no prédio com um explosímetro e avaliar o grau de risco. Também pedimos para que todas as janelas fossem abertas. Logo a situação será normalizada”, disse.
