
“Eu acho que todo mundo precisa de um recado, ninguém é forte o tempo todo”. Com esse pensamento, Camily Barroso (16) e seus colegas transformaram um trabalho de escola em um exemplo a ser seguido por tantas outras pessoas.
Foi a partir da proposta de trabalharem com o tema “Setembro Amarelo”, que os alunos do 2º e 3º ano do Ensino Médio do Colégio Cosmos, de Campo Limpo Paulista, espalharam post-its por toda a escola com mensagens de apoio e motivação.
“As coisas vão dar certo”, “Você é mais forte do que imagina” e “Nunca duvide de todas as coisas boas que existem em você” são só algumas das mais de 60 mensagens coladas em paredes, espelhos e bebedouros.

Maria de Mattos, professora de literatura e técnicas de redação, foi quem auxiliou os estudantes na atividade. “Nós compartilhamos a ideia, mas foram eles que escreveram todas as mensagens e escolheram os lugares para colar. Colocaram até no banheiro dos professores”, brinca Maria, emocionada com a atitude dos seus alunos.
“Eu vejo muito a alegria deles em saber que estão ajudando”.
Camily explica que todos os alunos ajudam. Alguns ficam responsáveis pela confecção das mensagens, que serão repostas nos próximos dias, e outros pela colagem dos post-its, que vão parar em lugares inusitados. “A ideia é essa mesmo, que a pessoa encontre uma mensagem no espelho do banheiro. Talvez seja só do que ela está precisando”, fala.
[tdj-leia-tambem]
Iniciativa
Além dos post-its, a turma também criou uma caixa da destruição da dor, onde todos colocam seus problemas e conflitos; a ideia é que o material seja destruído no final da campanha. Dois psicólogos também vão atender os jovens e ministrar palestras.
“Já tivemos casos de alunos e ex-alunos que, a partir de ações assim, procuraram por ajuda”, conta Maria. “O objetivo é que, os que passam por esses desafios, se sintam queridos e que saibam que não estão sozinhos”.
Maria e Camily também escreveram uma mensagem especial nesta entrevista.
“Nós estamos aqui nesse mundo para isso. Para sermos melhores e transformar nosso entorno em algo melhor”, registra a professora.
“Não existe um padrão de ser normal. Há mais de 7 bilhões de pessoas no mundo sendo normal de formas diferentes”, é o que está escrito no post-it preferido de Camily.