Representantes dos “Conselhinhos” das escolas municipais de Jundiaí levaram a pauta de combate à dengue para uma reunião com a gestora de Educação, Vastí Ferrari Marques.
Assim, os alunos participaram de encontros online com a participação especial do gestor de Promoção da Saúde (UGPS), Tiago Texera. Na reunião, tratam de medidas de prevenção, o ciclo de reprodução do mosquito Aedes Aegypti e do fluxo de atendimento na rede municipal de Saúde.
Crianças contra a dengue em Jundiaí
Os ‘Conselhinhos’ escolares estimulam a participação cidadã das crianças como autoras dos processos de construção de uma cidade que pensa em todas as pessoas e em cada uma delas. Sua proposta vai ao encontro do programa Escola Inovadora, pois incentiva o protagonismo dos estudantes e a garantia de sua autonomia, contribuindo para que eles possam investigar os temas correntes da vida da cidade e compartilhar suas dúvidas, opiniões e sugestões – todas etapas fundamentais para a investigação e aprendizagens. Nossos meninos e meninas, que já são um batalhão de conhecimento sobre a dengue, puderam aprender ainda mais nesse encontro e não poderiam ficar de fora dessa conversa”, comentou Vastí.
De acordo com Texera, ele reforçou o combinado com os estudantes. “Eu sei que as crianças da rede municipal dão uma aula sobre dengue, por isso contamos com vocês para enfrentar essa doença. Só existe a dengue se deixarmos o mosquito nascer e isso só acontece se houver objeto com água parada. Cada fêmea consegue ter até 500 filhotes e ela costuma depositar seus ovos em diversos pontos da nossa casa, como os pratinhos sob as plantas, pneus, garrafas, calhas, telhados e caixas d’água destampadas. Vocês são nossos detetives para investigar e, caso conheçam alguém com os sintomas, para falar para a pessoa procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima.”
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Cidade das Crianças
Assim como o Comitê das Crianças e a mediação no Hospital Universitário, os “Conselhinhos” escolares fazem parte da escuta das crianças vinculada ao programa municipal Cidade das Crianças. Cada uma das turmas da rede municipal – desde a Educação Infantil II (G3) até o 5º ano do Ensino Fundamental – possui dois representantes (um menino e uma menina) nos “Conselhinhos” escolares. E para estes encontros gerais para tratar da dengue, cada escola organizou a reunião de seus representantes em espaços da unidade.
Na Emeb Professora Anna Rita Alves Ludke, na vila Alvorada, que vem desenvolvendo diversas ações relativas ao tema, a montagem da estrutura para a reunião dos alunos foi alinhada com a metodologia do “Desemparedamento da Escola” e a participação dos estudantes deu-se na horta escolar, sob a sombra de um frondoso flamboyant.
A Lorena Kirch, de oito anos, estudante do 3º ano D, compartilhou tudo o que já fez para combater a doença. “Já inspecionei a minha casa, falei com os meus vizinhos e até ao Terminal Central com a escola eu fui para reforçar o recado. Minha tia Keila pegou dengue e ficou tão mal que precisou tomar soro. Então, eu tento convencer as pessoas falando dos sintomas da doença e que, como diz a paródia, ‘água parada não pode, não’”.
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