
Um marco na produção e na história da uva em Jundiaí está prestes a ser colhido: a primeira safra da Uva Niagara sem semente. Entre os próximos dias e o início do verão, o produtor Anderson Tomasetto, do Sítio Traviú, espera colher até nove mutações da Uva Niagara. De acordo com ele, inclui-se a rara Uva Niagara Rosada Steck e a tão aguardada Uva Niagara sem semente.
As mutações da Uva Niagara surgiram espontaneamente no sítio do produtor, que se dedica à preservação da história da uva em Jundiaí. Entre as variedades a serem colhidas estão a Niagara Branca (original), a famosa Niagara Rosada, a Niagara Rosada Gigante, a Niagara Rosada Oval, a Niagara Branca Oval, a Niagara Branca Gigante, a rara Niagara Rajada ou Mesclada, a Niagara Rosada Steck e, claro, a Uva Niagara sem semente.

Anderson Tomasetto trabalha em parceria com o Instituto Agronômico de Campinas (IAC) no desenvolvimento das variedades, principalmente da Uva Niagara sem semente. Essa parceria visa aprimorar as características da uva, como sabor, textura e resistência a doenças.

Uva Niagara Rosada de Jundiaí: um símbolo da cidade
A Uva Niagara Rosada de Jundiaí surgiu em 1933, a partir de uma mutação somática da Niagara Branca no sítio do Comendador Antonio Carbonari, que dá nome ao Parque da Uva. Em 2023, a safra da Uva Niagara Rosada Jundiaí recebeu a Indicação Geográfica (IG) do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), na categoria Indicação de Procedência, um reconhecimento da qualidade e tradição da uva jundiaiense.
Embora a produção inicial da Uva Niagara sem semente seja pequena, com apenas seis pés, o produtor Anderson tem planos ambiciosos. “Nosso objetivo é levar alguns desses cachos à Festa da Uva do ano que vem para que os consumidores possam conhecer essa novidade”, afirma. Com o tempo e a expertise, a expectativa é ampliar a produção e tornar a Uva Niagara sem semente acessível a um público maior.
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