Um reencontro inesperado durante a pandemia marcou a trajetória profissional do médico intensivista Flávio Borsetti. Ele teve a oportunidade de retribuir os cuidados e ensinamentos da sua professora da pré-escola, que ficou internada por Covid no Hospital Carlos Fernando Malzoni em Matão, São Paulo.
Após 35 anos, ele reencontrou sua antiga professora, Elza Bussola Ribeiro, de 73 anos, conhecida pelos alunos como “tia Elzinha”, na ala Covid do hospital e a auxiliou durante todo o tempo de tratamento. Após 40 dias em estado grave, Elza recebeu alta pelo ex-aluno, no início de abril.
“Existem coisas, fatos e pessoas que marcam a gente ao longo da nossa vida. E uma dessas pessoas foi minha professora do prézinho, dona Elza ou tia Elzinha. Muitos anos se passaram e eu acabei reencontrando, só que em uma situação bem diferente”, contou o médico de 41 anos em uma postagem nas redes sociais.
Emoção
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Em 1986, a professora lecionava na Escola Estadual José Inocêncio da Costa, localizada no Centro de Matão para alunos da pré-escola. O médico, sendo um dos alunos, se formou em 2006. Flávio conta a ironia do destino em colocar os dois juntos novamente. “Eu gostava tanto dela, que na época eu ‘enchia o saco’ da minha mãe para que ela lhe comprasse uma joia. Não consegui a joia, [mas] consegui presenteá-la com um porta-joias. Passados muitos anos, a vida nos colocou frente a frente novamente”, contou.
Porta-joias que recebeu em 1986 do aluno — (Foto: Reprodução G1/TV Globo)
Após sua professora vencer a batalha contra a doença, o médico comemorou a alta. “Confesso que esse momento foi muito melhor, muito mais feliz do que lhe dar uma joia. Na verdade, eu acabei me sentindo presenteando-a com um tesouro, né? Porque a vida realmente é um tesouro precioso que a gente tem”.
A professora agradeceu, emocionada. “Em 1986, você me deu esse porta-joias de presente. Depois de 35 anos, você e Deus me deram a oportunidade de continuar aqui. Obrigada doutor Flávio, meu querido aluno”.
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