
Nesta sexta-feira (5), a OMS (Organização Mundial da Saúde) anunciou o fim da pandemia da Covid-19. De acordo com seus especialistas, o vírus não representa mais uma ameaça sanitária internacional. Portanto, a emergência da pandemia está oficialmente declarada como encerrada.
Ainda assim, segundo o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, o anúncio não significa que o vírus desapareceu. Atualmente, ainda há uma morte pela doença a cada três minutos. Para ele, governos devem preparar uma transição para a normalidade, mas sem sem abandonar o monitoramento da doença e os investimentos realizados.
“Uma das grandes tragédias é que não precisa ter sido assim”, disse Tedros. “Perdemos vidas que não precisavam ter sido perdidas. Precisamos prometer a nossos filhos e netos que não voltaremos a fazer esses erros”.
A OMS declarou estado de emergência no final de janeiro de 2020, quando o mundo registrou pouco mais de cem casos de Covid-19. Na época, a doença nem havia chegado às Américas, e nenhuma morte havia sido oficialmente declarada. Hoje, os registros mundiais apontam cerca de 20 milhões de mortes causadas em decorrência da doença, com quase 800 milhões de pessoas oficialmente contaminadas.
Só no Brasil, foram mais de 700 mil vítimas fatais, muitas ainda em um período em que a vacina para o coronavírus já existia, mas não chegou a solos brasileiros a tempo.
A OMS ainda teme que, com o anúncio de “fim” da pandemia, governos reduzam investimentos e o monitoramento da doença. Há, além disso, o sequenciamento de amostras e a identificação de novas variantes. Ainda assim, o diretor-geral da OMS decidiu seguir a recomendação dos especialistas e decretar o fim da emergência pandêmica.
 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		