corrupira mata

Além das qualidades, o bairro tem uma peculiaridade: o nome. De acordo com a Prefeitura de Jundiaí, a escolha remete ao Curupira, lenda folclórica brasileira que fala de um ser de cabelos vermelhos e calcanhares virados para a frente, responsável por proteger as florestas.

Na língua tupi, Curupira ou Currupira (as duas formas são válidas) quer dizer “corpo de menino”. No Estado de São Paulo, uma lei de 11 de setembro de 1970 “institui o Curupira como símbolo estadual do guardião das florestas e dos animais que nela vivem”.

Estátua construída em Olímpia, em homenagem ao protetor das matas (Foto: Jonas Olmos)

Jundiaí

Embora muitas pessoas o chamem de Corrupira, oficialmente o bairro jundiaiense é denominado Currupira – conforme lei que trata do abairramento de Jundiaí (lei complementar 188/1996) e que pode ser consultada no site da Prefeitura.

[tdj-leia-tambem]

Segundo o cientista social, ambientalista e jornalista José Arnaldo de Oliveira, ambas são válidas. “As duas grafias são aceitas. O Corrupira é da cultura popular. Já era um polo rural importante quando sediou uma parada de trem da Cia Paulista, na primeira metade do século 1920. Mas isso já vem do caminho colonial da Estrada Velha de Campinas. O Corrupira faz parte da bacia do Rio Capivari, essencial para Louveira ou Campinas, e a sua ocupação merece ter todos os cuidados pela carga histórica, ambiental ou rural”, explicou.