
O CIESP (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) e o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) firmaram uma parceria inédita nesta terça, dia 2, com o objetivo de colaborar e apoiar-se mutuamente. A colaboração visa impulsionar projetos de inovação que ofereçam soluções tecnológicas e inovadoras para a indústria, abrangendo áreas como saúde, energia, meio ambiente e agricultura.
O CNPEM possui quatro laboratórios, incluindo o Sírius, que possui um acelerador de partículas e é considerado a maior infraestrutura científica do país, ocupando uma área de 68 mil metros quadrados e classificado entre os três equipamentos mais avançados do mundo em análise de materiais orgânicos e inorgânicos de 4ª geração.
Após a assinatura do acordo, cerca de 100 empresários associados e líderes do CIESP de todo o estado de São Paulo visitaram o superlaboratório Sírius.
O CNPEM é uma Organização Social, federal de ciência e tecnologia, com aproximadamente 900 profissionais e 500 estagiários envolvidos em pesquisas e engenharia, entre outras áreas. De acordo com o diretor do CNPEM, Antonio José Roque da Silva, empresas como Natura e Aché já possuem projetos em colaboração com o centro, que está disposto a ajudar a resolver problemas importantes para a indústria e a sociedade em geral.
“Venham com um problema, que a gente vai tentar ajudar. Problemas como solo, poluição, saneamento, por exemplo, são bem importantes para a indústria, mas também para a sociedade como um todo e se encaixam no tipo de coisa que os laboratórios do CNPEM foram criados para resolver. A gente está aqui para ajudar a resolver os problemas do Brasil, sejam problemas econômicos, seja problemas sociais”, disse Silva.
Rafael Cervone, presidente do CIESP, destacou que a visita ao Sírius demonstrou a possibilidade de uma convergência imediata e total entre a pesquisa científica e a indústria. “O Sírius apresentou aqui dezenas de possibilidades e nós vamos aproximar os setores industriais e o Sírius, pois há enormes possibilidades, inclusive já sendo realizadas, com estudos reais avançando muito rapidamente. Então, a ideia é que a gente acelere as parcerias e o desenvolvimento tecnológico das indústria brasileiras e, por consequência, do Brasil”, afirma Cervone.
Já existem projetos em andamento nas áreas de fertilizantes, fibras, têxtil, aeroespacial, médico-hospitalar, automobilística, petróleo e gás, e a intenção é acelerar as parcerias e o desenvolvimento tecnológico da indústria brasileira.
José Henrique Toledo Côrrea, diretor do CIESP Campinas, enfatizou que a visita trouxe diversas oportunidades para o CIESP, as indústrias e até mesmo o Senai, especialmente no que diz respeito à preparação de recursos humanos. Ele considera que a tecnologia disponibilizada pelo Sírius é um passo inicial para incorporar essas inovações nas empresas e possibilitar o surgimento de novos produtos por meio do empreendedorismo.