Nesta sexta-feira (28), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua referente ao trimestre móvel terminado em junho. Os dados apontam que a taxa de desemprego no Brasil foi de 8%, o que representa o melhor resultado para esse período desde 2014, quando atingiu 6,9%.

Em comparação com o trimestre imediatamente anterior, entre janeiro e março, houve uma redução de 0,8 ponto percentual (8,8%) na taxa de desocupação. No mesmo trimestre do ano anterior, a taxa de desemprego estava em 9,3%.

O número absoluto de desocupados apresentou uma redução de 8,3% em relação ao trimestre anterior, totalizando 8,6 milhões de pessoas. Esse valor representa 785 mil pessoas a menos no contingente de desocupados, se comparado ao último trimestre do ano passado. Em relação ao mesmo período de 2022, o recuo foi ainda maior, alcançando 14,2%, o que equivale a 1,4 milhão de trabalhadores a menos desempregados.

Outro dado revelado pela pesquisa é o crescimento do total de pessoas ocupadas, que aumentou 1,1% em comparação ao trimestre anterior, totalizando 98,9 milhões de brasileiros empregados. Na análise anual, houve um crescimento de 0,7%, representando a adição de 641 mil pessoas ao grupo dos empregados.

Dentre os setores analisados, o contingente de empregados no setor privado sem carteira de trabalho assinada apresentou um crescimento de 2,4% em relação ao trimestre anterior, totalizando 13,1 milhões de pessoas. Na comparação anual, esse grupo se manteve estável.

De acordo com Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, todos os subgrupos de trabalhadores sem carteira de trabalho tiveram aumento no trimestre, com maior demanda no setor privado, incluindo trabalhadores domésticos e prestadores de serviços para famílias, que se destacaram nessa recuperação do mercado de trabalho.

Em contrapartida, o grupo de trabalhadores com carteira assinada no setor privado permaneceu estável no trimestre, contabilizando 36,8 milhões de pessoas empregadas. Entretanto, em relação ao mesmo trimestre do ano passado, houve um aumento de 2,8% nesse grupo, indicando uma recuperação gradual do emprego formal.