Manifestantes bloqueando rodovia em Jundiaí
Foto: Reprodução/Motoboy Xororó

Nesta quinta-feira (3), o ministro Alexandre de Moraes, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), deu o prazo de 48 horas para que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) apresente um relatório detalhado apresentando todas as autuações contra caminhoneiros que bloquearas as rodovias durante atos antidemocráticos.

Na terça-feira (1º), o STF acatou por unanimidade a decisão de Alexandre de Moraes, determinando que a PRF encerrasse o bloqueio de rodovias. Além disso, a decisão determinou a aplicação de multas aos participantes das manifestações.

Ainda nesta quinta-feira, durante sessão do TSE, Moraes destacou que o resultado da eleição é incontestável, e quem ataca o sistema democrático com atos ilegais será tratado como “criminoso”.

“Os eleitores, em maioria massacrante, são democratas. Aceitaram democraticamente o resultado das eleições. Aqueles que criminosamente não estão aceitando, aqueles que criminosamente estão praticando atos antidemocráticos serão tratados como criminosos”, disse Moraes. De acordo com o presidente do TSE, a Justiça Brasileira combaterá os “movimentos criminosos” e “os responsáveis apurados e responsabilizados sob a pena da lei”.

[tdj-leia-tambem]

Rodovias paralisadas

Desde o último domingo (30), quando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmou a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como novo Presidente do Brasil, apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) – derrotado na disputa – bloquearam as principais rodovias e estradas do Brasil, em protestos antidemocráticos contra o resultado das urnas.

Após dois dias em silêncio, Jair Bolsonaro se pronunciou pela primeira vez após perder as eleições. Na ocasião, ele agradeceu a quem votou nele, e apoiou a realização de manifestações, desde que pacíficas.

Ainda assim, apenas na noite desta quarta (2), é que o atual Presidente veio a público pedir pela liberação das rodovias. Em um vídeo publicado na internet, Jair Bolsonaro deu a opção de os manifestantes protestarem em outros lugares, como praças, ao invés de fechar rodovias. Desde então, os bolsonaristas também fazem movimentações em frente a quartéis e a prédios das Forças Armadas.